REVISANDO CONCEPÇÕES: AS INTERFACES ENTRE GÊNERO, SEXUALIDADE E A ESCOLA
Resumo
O presente artigo está fundamentado nas epistemologias sob a perspectiva feminista, bem como nos estudos teóricos sobre as relações de gênero e sexualidade, que apresentam forte tendência cultural. A produção, aqui, principiada tem como foco discutir os temas das relações de gênero e da sexualidade, articulando-os ao campo da educação, especificamente, ao contexto escolar. Ambos os temas são, aqui, concebidos como construtos sociais que regulam, organizam e orientam a vida de homens e mulheres na sociedade, fazendo-se presentes na intrincada rede de relações que estabelecem entre si. O engendramento de gênero produz efeitos sobre os sujeitos, condicionando posturas, atitudes e comportamentos assumidos por homens e mulheres, influenciando, inclusive, as formas de expressão e manifestação da sexualidade. Ao adentrar no debate sobre sexualidade, esta é discutida sobre duas perspectivas: a moral sexual diferenciada, que envolve a diferenciação de comportamento sexual entre homens e mulheres; e o aspecto da diversidade sexual, ampliando-se as nuances, aí, inerentes, com a abordagem da temática Queer. Em meio a este contexto, acredita-se que a escola é uma via que possibilita alterar a realidade na qual as relações de gênero e a sexualidade se encontram. Reconhece-se, aqui, que os contextos escolares ainda estão impregnados de viés que tende à reprodução de gênero, bem como se mantém tímido diante das questões pertinentes ao debate da sexualidade. Todavia, espaço social por excelência, a escola é, também, passível de imprimir novos ritmos aos sujeitos, favorecendo a construção da igualdade de gênero e o respeito à diversidade.
Palavras-chave: Gênero. Sexualidade. Educação. Escola. Formação.
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