Os labirintos da tese e o medo de tingir palavras:
narrativas formativas
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.2359-7003.2023v32n1.66629Palavras-chave:
Escrita da tese. Narrativas formativas. Pós-graduação.Resumo
Escrever é uma atividade complexa e desafiadora, pois são inúmeras as dificuldades entre o pesquisador e o que está sendo estudado. Para tanto, o objetivo do estudo é refletir sobre os desafios inerentes à escrita da tese de doutorado e o medo de redigir no universo da pós-graduação. O percurso teórico aqui empreendido para análise, seguiu os pressupostos de uma abordagem qualitativa. Nesse caminho, realizamos uma pesquisa bibliográfica e narrativa. As narrativas erigidas são de uma doutoranda de um Programa de Pós-Graduação em Educação de um Instituto Federal do Brasil. Como resultados, depreendemos que o ato da escrita na pós-graduação é sinuoso, porém possível. Ademais essas dificuldades se sobrelevam para as mulheres, que além das atividades acadêmicas, têm que dar conta da educação dos filhos, das atividades do lar e da vida profissional. O artigo foi organizado em duas seções, além dessas considerações iniciais e das sendas (in) conclusivas. Na primeira, apresentamos uma reflexão sobre a escrita acadêmica e os seus desafios, especialmente quando realizadas por pós-graduandos em formação. Na segunda seção, realizamos um exercício de introspecção-retrospecção sobre as experiências em torno do escrever de uma mulher, mãe, esposa, professora e doutoranda vinculada a um Programa de Pós-Graduação de um Instituto Federal de Educação do Brasil.
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