COTIDIANO DOS POPULARES: NA CONTRAMÃO DA ORDEM?

Autores

  • Fernanda Karoline Martins Lira Alves

Resumo

Este artigo propõe trazer para discussão as diversidades sociais e culturais dos habitantes da cidade de Parahyba do Norte nas primeiras décadas do século XX, sobretudo, as práticas cotidianas dos populares nas ruas e becos da cidade, espaço mais comum de suas habitações, e o seu lazer com os usos que faziam do espaço urbano; chamando a atenção, especialmente, para a relação conflituosa resultante da intenção das elites que buscaram a consolidação de um outro tipo de sociabilidade, que estava identificada com os padrões e valores por elas estabelecidos para a consolidação de uma cidade moderna, tentando assim, imprimir aos populares novos hábitos e formas de sociabilidades, a partir da vigilância sobre suas atividades e os usos que estes faziam dos espaços e territórios. Para evidenciar essa tensão procuramos compreender como muitos moradores vão construir sua própria vivência, burlando e ressignificando essa teia de valores e códigos que lhes tentavam impor. Nessa empreitada, tomaremos como fonte as denúncias e matérias dos jornais da cidade. A imprensa será tomada aqui como porta voz dos interesses das elites e das ideias de progresso e civilização que permeavam seu imaginário no início do século XX. De modo que, apresenta-se como uma produção discursiva interessada, carregando consigo uma intricada rede de relações de poder que acabam produzindo um lugar para os moradores da cidade moderna.

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Publicado

2012-12-31

Como Citar

LIRA ALVES, F. K. M. COTIDIANO DOS POPULARES: NA CONTRAMÃO DA ORDEM?. Sæculum - Revista de História, [S. l.], n. 27, 2012. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/index.php/srh/article/view/16432. Acesso em: 21 nov. 2024.

Edição

Seção

Dossiê: História e Práticas Cotidianas