Experiência, infância, linguagem e acontecimento

a biopolítica de Giorgio Agamben e a Educação

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.2317-6725.2020v25n43.53087

Palavras-chave:

Experiência, Infância, Acontecimento, Biopolítica, Agamben

Resumo

O presente estudo se interessa em aprofundar o diagnóstico de Walter Benjamin acerca do empobrecimento da experiência a partir da hipótese biopolítica de Giorgio Agamben. Os dispositivos biopolíticos da modernidade já não permitem a passagem da experiência à linguagem produzindo, deste modo, formas de vida esvaziadas de ética e ação política. A seguir, explora a figura da infância como acontecimento, o que permitiria ao contemporâneo escapar de suas dicotomias constitutivas e, ao arriscar-se num espaço vazio, produzir novamente uma forma de vida ética. O texto divide-se em duas partes e quatro momentos. Na primeira parte é explorado o problema da experiência, de Benjamin até Agamben; aprofunda, logo em seguida, esta problemática com a noção de biopolítica. Na segunda parte, apresentamos a noção de infância como acontecimento, já que ela representaria a entrada do humano na linguagem. Neste movimento de passagem e produção do acontecimento percebemos a possibilidade de construção de uma forma de vida, isto é, uma vida ética.

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Biografia do Autor

Pedro Angelo Pagni, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” - Unesp

Pedro Angelo Pagni é Professor Livre Docente do Departamento de Administração e Supervisão Escolar e do Programa de Pós-Graduação em Educação da Faculdade de Filosofia e Ciências da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP). Doutor em Educação pela UNESP.

 

Raphael Guazzelli Valerio, Universidade Federal de Pernambuco

Raphael Guazzelli Valerio é Professor Adjunto do Departamento de Fundamentos Sócio Filosóficos da Educação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Doutor em Educação pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP).

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Publicado

2020-11-18

Como Citar

PAGNI, P. A.; VALERIO, R. G. Experiência, infância, linguagem e acontecimento: a biopolítica de Giorgio Agamben e a Educação. Saeculum, [S. l.], v. 25, n. 43 (jul./dez.), p. 64–75, 2020. DOI: 10.22478/ufpb.2317-6725.2020v25n43.53087. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/index.php/srh/article/view/53087. Acesso em: 18 abr. 2024.

Edição

Seção

Dossiê: A nova história (bio)política: sobre as capturas e as resistências