Santos, sábios e impostores
Percepções sobre os leitores e a leitura em Pernambuco no início do XIX
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.2317-6725.2021v26n44.55865Palavras-chave:
Leitura, Leitores, Revolução de 1817, Revolução Pernambucana, OralidadeResumo
Ainda no início do séculoXIX, os iletrados percebiam os livros, a leitura e os leitores como algo fora do cotidiano que beirava o mágico. Alguns até negavam esse caráter extraordinário ao desacreditar nos conhecimentos que poderiam ser adquiridos através dos livros. O passado, outras línguas jamais poderiam ser aprendidos pela leitura, somente pela vivência. Outros, porém, valorizavam a habilidade de ler e associavam-na muitas vezes ao clero. Essa ambivalência observada entre os iletrados nem sempre se repetia entre aqueles que conseguiam ler. Os letrados valorizavam os saberes advindos dos livros, sabiam da sua importância. No entanto, o artigo apresenta alguns comentários de um observador da época que relacionou a chegada das luzes a Pernambuco e às capitanias adjacentes como algo nocivo. Explicava que os habitantes letrados não estavam preparados mentalmente para essa grande mudança. O que ocasionou na chegada de livros e ideias à região foi um conjunto de más interpretações e formulações equivocadas que provocou, de certa maneira, a Revolução de 1817.
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Referências
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