Ruptures and continuities in indigenous villages of Bahia

The Indians’ Directory (1758-1788)

Authors

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.2317-6725.2021v26n44.57800

Keywords:

Indians’ Directory, Indigenous people, Colonial Policy, 18th Century, Bahia (Brazil)

Abstract

The reception of the Directory of Indians in the former captaincy of Bahia reveals adaptations promoted by the local authorities. Its enforcement takes into account political dynamics and contradictory interests. Drafted in 1757 and approved on August 17 of the following year, the Directory’s main goal was to regulate the way the indigenous settlements were supposed to work after the extinction of the missionary villages, notably those ruled by the Jesuits. Such settlements were created in the context of the Pombaline illustrated reformism, with the basic principle of “civilizing” the Indians. Despite being an official policy, the Directory was not fully applied in Bahia. Even so, it caused important changes in the indigenous settlements and also interfered in their residents’ agency and protagonism. On the other hand, it did notprevent permanencies and continuities of many aspects related to the previous historical situation based on the missionaries’ civil and religious jurisdiction over those populations.

Downloads

Download data is not yet available.

References

Fontes

BARRETO, Domingos Alves Branco Muniz. Plano sobre a civilisação dos Índios do Brazil e principalmente para a Capitania da Bahia, com uma breve notícia da missão que entre os mesmos indios foi feita pelos proscriptos jesuitas. Revista do IHGB, Tomo XIX, n. 21, 1856, p. 33-91.

DIRECTORIO, que se deve observar nas Povoaçoens dos Indios do Pará, e Maranhão, em quanto Sua Magestade naõ mandar o contrario. Lisboa, Na Officina de Miguel Rodrigues, MDCCLVIII.

Referências

ALENCASTRO, Luiz Felipe de. O trato dos viventes: Formação do Brasil no Atlântico sul. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.

ALMEIDA, Rita Heloísa de. O Diretório dos Índios: um projeto de “civilização” no Brasil do século XVIII. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1997.

ARAÚJO, Ana Cristina. A cultura das Luzes em Portugal: Temas e abordagens. Lisboa: Livros Horizonte, 2003.

BEOZZO, José Oscar. Leis e Regimentos das Missões: Política indigenista no Brasil. São Paulo: Loyola, 1983.

BETHENCOURT, Francisco. Configurações políticas e poderes locais. In: BETHENCOURT, Francisco (dir.). A expansão marítima portuguesa, 1400-1800. Lisboa: Edições 70, 2010, p. 207-264.

BRUNET, Luciano Campos. De Aldeados a Súditos: Viver, trabalhar e resistir em Nova Abrantes do Espírito Santo, Bahia 1758-1760. Dissertação (Mestrado em História). Salvador: UFBA, 2008.

CANCELA, Francisco. De projeto a processo colonial: índios, colonos e autoridades régias na colonização reformista da antiga capitania de Porto Seguro (1763-1808). Tese (Doutorado em História Social). Salvador: Universidade Federal da Bahia, 2012.

CANCELA, Francisco. Recepção e tradução do Diretório dos índios na antiga Capitania de Porto Seguro: uma análise das Instruções para o governo dos índios. História Social, 25, 2013, p. 43-70.

COELHO, Mauro Cezar. Do sertão para o mar. Um estudo sobre a experiência portuguesa na América, a partir da colônia: o caso do Diretório dos Índios (1750-1798). Tese (Doutorado em História). São Paulo: USP, 2005.

COUTO, Jorge. A construção do Brasil: Ameríndios, portugueses e africanos, do início do povoamento a finais de Quinhentos. Lisboa: Cosmos, 1998.

DOMINGUES, ngela. Quando os índios eram vassalos. Colonização e relações de poder no Norte do Brasil na segunda metade do século XVIII. Lisboa: Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses, 2000.

FALCON, Francisco J. C. A Época Pombalina: Política econômica e Monarquia ilustrada. 2. ed. São Paulo: Ática, 1993.

HESPANHA, António Manuel. Antigo regime nos trópicos? Um debate sobre o modelo político do império colonial português. In: FRAGOSO, João; GOUVÊA, Maria de Fátima (org.). Na trama das redes: Política e negócios no império português, séculos XVI-XVIII. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2010, p. 45-75.

MARCIS, Teresinha. A integração dos índios como súditos do rei de Portugal: uma análise do projeto, dos autores e da implementação na capitania de Ilhéus, 1758-1822. Tese (Doutorado em História Social). Salvador: Universidade Federal da Bahia, 2013.

MAXWELL, Kenneth. Marquês de Pombal: Paradoxo do Iluminismo. 2. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1997.

MONTEIRO, John. Negros da Terra: Índios e Bandeirantes nas origens de São Paulo. São Paulo: Companhia das Letras, 1994.

MONTEIRO, Nuno Gonçalo. D. José: na sombra de Pombal. Lisboa: Círculo de Leitores, 2006.

NOVAIS, Fernando. Condições de privacidade na colônia. In: SOUZA, Laura de Mello e (org.) História da vida privada no Brasil: cotidiano e vida privada na América portuguesa. São Paulo: Companhia das Letras, 1997, p. 13-39.

OLIVEIRA, João Pacheco de. O nascimento do Brasil e outros ensaios: “pacificação”, regime tutelar e formação de alteridades. Rio de Janeiro: Contra Capa, 2016.

OLIVEIRA, João Pacheco de. Os indígenas na fundação da colônia: uma abordagem crítica. In: FRAGOSO, João; GOUVÊA, Maria de Fátima (org.). O Brasil Colonial. Vol. 1: 1443-1580. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2014, p. 167-228.

PERRONE-MOISÉS, Beatriz. Índios livres e índios escravos: Os princípios da legislação indigenista do período colonial (séculos XVI a XVIII). In: CUNHA, Manuela Carneiro da (org.). História dos Índios no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1992, p. 115-132.

PUNTONI, Pedro. A arte da guerra no Brasil: tecnologia e estratégia militar na expansão da fronteira da América Portuguesa, 1550-1700. In: PUNTONI, Pedro. O Estado do Brasil. Poder e política na Bahia colonial – 1548-1700. São Paulo: Alameda, 2013, p. 171-198.

SALGADO, Graça (org.). Ficais e Meirinhos: A administração no Brasil Colonial. 2 ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985.

SANTOS, Fabricio Lyrio. A civilização como missão: agentes civilizadores de índios na Bahia colonial no contexto da política pombalina. Tempo [online] v. 22, n. 41, p. 533-550, 2016.

SANTOS, Fabricio Lyrio. Da catequese à civilização: colonização e povos indígenas na Bahia. Cruz das Almas: Editora da UFRB, 2014.

SOUZA, Pedro Daniel dos Santos. Sobre o uso da língua do príncipe: História social da cultura escrita, reconfigurações linguísticas e populações indígenas na Bahia setecentista. Tese (Doutorado em Língua e Cultura). Salvador: Programa de Pós-Graduação em Língua e Cultura, 2019.

THOMAS, Georg. Política Indigenista dos Portugueses no Brasil (1500-1640). São Paulo: Loyola, 1982.

VAINFAS, Ronaldo. A Heresia dos índios: catolicismo e rebeldia no Brasil colonial. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.

ZERON, Carlos Alberto de Moura Ribeiro. Linha de fé: A Companhia de Jesus e a escravidão no processo de formação da sociedade colonial (Brasil, séculos XVI e XVII). São Paulo: Edusp, 2011.

Published

2021-07-29

How to Cite

SANTOS, F. L. Ruptures and continuities in indigenous villages of Bahia: The Indians’ Directory (1758-1788). Saeculum, [S. l.], v. 26, n. 44 (jan./jun.), p. 374–387, 2021. DOI: 10.22478/ufpb.2317-6725.2021v26n44.57800. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/index.php/srh/article/view/57800. Acesso em: 3 jul. 2024.

Issue

Section

Diretório dos Índios: Políticas Indígenas e Indigenistas na América Portuguesa