Afro-Diasporic Museums and Memories in Southern Brazil

Authors

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.2317-6725.2022v27n46.61787

Keywords:

Historical education. Identity. Subjects' experiences. Patrimony. Exposure

Abstract

This article aims to present possibilities of historical education that have heritage and material objects as themes, in order to highlight agencies of black subjects in the development of their places of origin, which hardly appear in official histories. The analysis uses a self-writing (GOMES, 2004) written by representatives of the Clube Negro Braço é Braço, from the city of Rio Grande/RS, in addition to images alluding to the exhibition “Palmares is not just one, they are thousands”, held in 2021 at the Anthropological Museum of Rio Grande do Sul (MARS), in the city of Porto Alegre/RS, in honor of the 50th anniversary of November 20th, the date of Black Consciousness. Through qualitative analysis of the sources, the study concludes that to understand the trajectory of black populations against coloniality – beyond the teaching of history carried out in schools or research within the walls of universities – attention should be paid to activities that, articulated with other sources and experiences, allow sharpen the relationship between past and present, with a view to other possibilities for historical learning.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

Arilson dos Santos Gomes, Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira

Professor do curso de Antropologia e Humanidades, professor permanente do Mestrado Interdisciplinar em Humanidades da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira – Unilab – e professor colaborador do Programa de Pós-Graduação em História, Culturas e Espacialidades da Universidade Estadual do Ceará.

References

Fontes

ACERVO SOCIEDADE BENEFICENTE FLORESTA AURORA, 2006.

CARTA DA COMISSÃO CULTURAL DO SESQUICENTENÁRIO FLORESTA AURORA, 2021, s/p.

Referências

ALBIERI, Sara. História pública e consciência histórica. In: ALMEIDA, Juniele Rabêlo de.; ROVAI, Marta Gouveia de Oliveira (orgs.). Introdução à história pública. São Paulo: Letra e Voz, 2011, p. 19-28.

BHABHA, Homi. O local da Cultura. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2007.

BERNARDINO-COSTA, Joaze. Decolonialidade, Atlântico Negro e intelectuais negros brasileiros: em busca de um diálogo horizontal. Revista Sociedade e Estado, vol. 33, n. 1, p. 119-137, 2018.

BITTENCOURT JÚNIOR, Iosvaldyr Carvalho. As representações do negro nos museus do Rio Grande do Sul são marcadas pela invisibilidade simbólica: do “resgate” afro-brasileiro às pesquisas histórico-antropológicas a às visibilidades negras na museologia. In: MATTOS, Jane Rocha de. Museus e Africanidades. Porto Alegre: EDIJUC, 2013, p. 13-53.

BRASIL. Lei 10.639/03. Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira”.

BRASIL. Ministério da Educação/Secad. Diretrizes curriculares nacionais para a educação das relações étnico-raciais e para o ensino de história e cultura afro-brasileira e africana na educação básica, 2004.

BRASIL, Lei nº 11.645 de 10 de março de 2008. Inclui no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”.

BRASIL, Lei nº 12.711 de 29 de agosto de 2012. Dispõe sobre o ingresso nas universidades federais e nas instituições federais de ensino técnico de nível médio.

CAMPOS, Deivison Moacir Cezar. O Grupo Palmares (1971-1978): Um movimento negro de subversão e resistência pela construção de um novo espaço social e simbólico. Dissertação (Mestrado em História). Porto Alegre: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, 2006.

CARNEIRO, Sueli. A Construção do Outro como Não-ser como fundamento do Ser. São Paulo: FUESP, 2005.

CRUZ, Matheus. Clubes Sociais Negros: memória e esquecimento no Clube Recreativo e Cultural Braço é Braço. (Rio Grande, RS, 1969 - 1992). Dissertação (Mestrado em Memória Social e Patrimônio Cultural). Pelotas: Universidade Federal de Pelotas, 2014.

CURY, Marília Xavier. Exposição, concepção, montagem, avaliação. São Paulo: Annablume, 2006.

DESVALLÉES, André; MAIRESSE, François. Conceitos-chave de museologia. Secretaria de Estado da Cultura do Estado de São Paulo, 2013.

ESCOBAR, Giane Vargas. Clubes sociais negros: lugares de memória, resistência negra, patrimônio e potencial. Dissertação (Mestrado em História). Santa Maria: Universidade Federal de Santa Maria, 2010.

ESCOBAR, Giane Vargas; MARTINS, Larissa Pinto. Clube Social Negro 24 de Agosto: ressignificando um acervo fotográfico centenário na cidade de Jaguarão/RS. Revista Sillogés ANPUH-RS, v. 1, n. 2, p. 11-27, 2018.

FONSECA, Selva Guimarães. A avaliação do ensino e da aprendizagem Fazer e Ensinar História. Belo Horizonte: Dimensão, 2009.

GOMES, Ângela de Castro (org.). Escrita de si, escrita da História. Rio de Janeiro: FGV, 2004.

GOMES, Arilson dos Santos. O Primeiro Congresso Nacional do Negro e a sua importância para a integração social dos negros brasileiros e a ascensão material da Sociedade Floresta Aurora. Revista Brasileira de História e Ciências Sociais, vol. 1, n. 1, p. 1-18, 2009.

GOMES, Arilson dos Santos. O universo das gentes do mar e a identidade negra nos discursos e práticas políticas de Carlos Santos (1959-1974). Tese (Doutorado em História). Porto Alegre: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, 2014.

GOMES, Arilson dos Santos. “Ensino de História, Patrimônio e Práticas Educativas Decoloniais no Museu de Percurso do Negro de Porto Alegre”. Revista Fronteiras PPGH- UFGD, vol. 21, n. 38, p. 71-89, 2019.

GOMES, Arilson dos Santos. Por uma história decolonial. Revista Intellectus UERJ, v. 19, n. 2, p. 112-138, 2021.

GOMES, Arilson dos Santos. Escravidão e Pós-Abolição no Ceará: memórias e trajetórias das populações libertas na cidade de Redenção. Revista Crítica Histórica, vol. 12, n. 23, p. 189-221, 2021.

GOMES, Nilma Lino. Alguns termos e conceitos presentes no debate sobre relações raciais no Brasil: uma breve discussão. In: MEC (org.). Educação Anti-racista Caminhos Abertos pela Lei Federal nº 10.639/03. Coleção Educação Para Todos. Brasília: SECAD/MEC, 2005, p. 39-62.

GOMES, Nilma Lino. O movimento negro educador. Petrópolis: Vozes, 2017.

HELLER, Agnes. O cotidiano e a história. São Paulo: Paz e Terra, 2004.

KRUPPA, Sonia M. Portella. Economia Solidária e Educação de Jovens e Adultos. Brasília: Inep/MEC, 2005.

JULIÃO, Letícia. Apontamentos sobre a história do museu. In: Caderno de Diretrizes Museológicas. Brasília, 2006, p. 17-30.

LIDDINGTON, Jill. O que é história pública? Os públicos e seus antepassados. In: ALMEIDA, Juniele Rabêlo de.; ROVAI, Marta Gouveia de Oliveira (orgs.). Introdução à história pública. São Paulo: Letra e Voz, 2011, p. 31-52.

LONER, Beatriz Ana. Classe Operária: Mobilização e Organização em Pelotas: 1888- 1937. Tese (Doutorado em Sociologia). Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 1999.

LODY, Raul. O negro no museu brasileiro. Rio de Janeiro: Bertrand do Brasil, 2005.

LUGONES, María. Rumo a um feminismo descolonial. Estudos Feministas: Florianópolis, v. 22, n. 3, p. 935-952, 2014.

MACHADO, Lizandra Maria Rodrigues; ZUBARAN, Maria Angélica. Representações racializadas de negros nos museus: o que se diz e o que se ensina. In: MATTOS, Jane Rocha de. Museus e Africanidades. Porto Alegre: EDIJUC, 2013, p. 137-156.

MAESTRI, Mário. O escravo gaúcho. Porto Alegre: Editora da Universidade – UFRGS, 1993.

MATTOS, Jane Rocha de. (org.). Museus e Africanidades. Porto Alegre: EDIJUC, 2013.

MBEMBE, Achille. Crítica da Razão Negra. Lisboa: Antígona, 2014.

MIGNOLO, Walter. Desobediência epistêmica: a opção descolonial e o significado de identidade em Política. Cadernos de Letras da UFF – Dossiê: Literatura, língua e identidade, n. 34, p. 287-324, 2008.

MÜLLER, Liane Suzan. “As contas do meu rosário são balas de artilharia” – Irmandade, jornal e sociedades negras em Porto Alegre 1889-1920. Dissertação (Mestrado em História). Porto Alegre: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, 1999.

PAIXÃO, Cassiane de Freitas; LOBATO, Anderson O. C. (orgs.). Os clubes sociais negros no Estado do Rio Grande do Sul. Rio Grande: Ed. da FURG, 2017.

PAIXÃO, Cassiane de Freitas; SPOLLE, Marcus Vinicius. Clubes Sociais e espaços de Negritude. Anais do VI Encontro Escravidão e Liberdade no Brasil Meridional. Florianópolis: UFSC, 2013, p. 1-9.

PEREIRA, Lúcia Regina Brito Pereira. Cultura e Afro-descendência: Organizações Negras e suas estratégias educacionais em Porto Alegre (1872-2002). Tese (Doutorado em História). Porto Alegre: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, 2008.

PROGRAMA MONUMENTA PORTO ALEGRE. Brasília: IPHAN, 2010.

PORTARIA NORMATIVA MEC Nº 13, de 11 de maio de 2016. Dispõe sobre a indução de Ações Afirmativas na Pós-Graduação, e dá outras providências.

RÜSEN, Jörn. A Razão histórica. Brasília: UnB, 2001.

SACRISTÁN, J. Gimeno; GOMÉZ, Perez A.I. Compreender e transformar o ensino. Porto Alegre: ARTMED, 1998.

SANTOS, Boaventura de Sousa; MENESES, Maria Paula (orgs.). Epistemologias do Sul. São Paulo: Cortez, 2009.

SANTOS, Carlos. Sucata. Porto Alegre: Livraria do Globo, 1937.

SILVA, Fernanda Oliveira da. Os negros, a constituição de espaços para os seus e o entrelaçamento desses espaços: associações e identidades negras em Pelotas (1820-1943). Dissertação (Mestrado em História). Porto Alegre: PPGH-PUCRS, 2011.

SILVA, Thiago Cedrez; GANDRA, Edgar Ávila; SIMÕES, Elvis Silveira. Nascer e viver: Rio Grande-RS, uma cidade Portuária. Revista História e Culturas, vol. 8, n. 15, p. 7-27, 2020.

SILVÉRIO, Valter Roberto. África Antiga. In: MOKHTAR, Gamal (ed.). História Geral da África., vol. II. Brasília: Unesco, 2013, p. 139-167.

TORRES, Nelson Maldonado. Mapping Decolonial Turn. Conferência. Berkeley, 2005.

VARGAS, Pedro Rubens. O Museu de Percurso do Negro na perspectiva de seus idealizadores: os militantes do Movimento Negro. In: MATTOS, Jane Rocha de. Museus e Africanidades. Porto Alegre: EDIJUC, 2013, p. 85-100.

VILASBOAS, Ilma Silva. Projeto Museológico e Museográfico. In: VILASBOAS, Ilma Silva, JÚNIOR, Iosvaldyr Carvalho Bittencourt, SOUZA, Vinicius Vieira de. (orgs.). Museu de Percurso do Negro em Porto Alegre. Porto Alegre: Ed. Porto Alegre, 2010, p. 75-103.

ZUBARAN, Maria Angélica. Os diferentes públicos do museu e a experiência de educação patrimonial no Museu de Porto Alegre José Joaquim Felizardo. In: FRAGA, Hilda Jaqueline; CARDOSO, Claudira do Socorro Ciniro; QUEVEDO, Éverton Reis; BARROSO, Véra Lúcia Maciel; SOUZA, Renata Cássia Andreoni de. (orgs.). Experimentações em lugares de memória. Porto Alegre: Selbach & Autores Associados, 2015, p. 198-215.

Published

2022-07-08

How to Cite

GOMES, A. dos S. Afro-Diasporic Museums and Memories in Southern Brazil. Saeculum, [S. l.], v. 27, n. 46 (jan./jun.), p. 327–347, 2022. DOI: 10.22478/ufpb.2317-6725.2022v27n46.61787. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/index.php/srh/article/view/61787. Acesso em: 3 jul. 2024.

Issue

Section

Dossiê Memória, patrimônio cultural e processos educativos: Diálogos e reflexões