Mulher rendeira: re-tecendo afetos e identidades de gênero nos sertões contemporâneos
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.2317-6725.2019v24n41.47606Resumo
A colonização dos sertões do Brasil foi conduzida pelo gado. Boiadas e vaqueiros deixaram rastros e fixaram limites de identidades de gênero muito rígidos, marcados pelo patriarcado. Nos anos 2000, novos cenários econômicos, políticos e culturais parecem permitir a emergência de outras configurações possíveis para as tradicionais definições de homens e mulheres sertanejos. Este artigo trata das mudanças provocadas pela globalização periférica que impactaram na divisão sexual do trabalho, nos modos de vida e nas representações de gênero na zona semiárida da Bahia. Ele faz um recorte feminista sobre as representações femininas expressas a partir das inovações sociais e sexuais nos sertões. Para entender este cenário, o estudo mescla aportes da Nova História, da Sociologia Simbólica e do Ecofeminismo, com a macro-narrativa da Economia Política. A iniciativa faz uma revisão histórico-bibliográfica integrada com análise de produtos audiovisuais das últimas décadas. Em síntese, este estudo dedica-se a perceber quem são esses homens e mulheres híbridos, entrincheirados entre a tradição e a pós-modernidade, entre o passado e as novas tecnologias da informação, entre o de-sertão e o mundo globalizado, entre os “cabra machos” e “bois neons”. As respostas apresentadas são pistas para entender esta nova geração de sertanejos e sertanejas, que em um acelerado processo de mutações, estão re-tecendo seus modos de vida.Downloads
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Publicado
2019-12-15
Como Citar
MOREIRA, G. Mulher rendeira: re-tecendo afetos e identidades de gênero nos sertões contemporâneos. Sæculum - Revista de História, [S. l.], v. 24, n. 41 (jul./dez.), p. 354–372, 2019. DOI: 10.22478/ufpb.2317-6725.2019v24n41.47606. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/index.php/srh/article/view/47606. Acesso em: 22 dez. 2024.
Edição
Seção
Dossiê: Mulheres, gênero e sertanidades