OBSERVATÓRIO DO PARANÁ
o movimento curricular das licenciaturas em artes visuais
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.1983-1579.2019v12n3.46193Palavras-chave:
Currículo, Formação do professor de artes, Subjetividade, Conhecimento, Conhecimento artístico e pedagógicoResumo
Esse estudo sobre o movimento curricular das licenciaturas em Artes Visuais tem origem nas discussões sobre a especificidade do conhecimento artístico no ensino de arte, a partir da pedagogia histórico‐crítica (SAVIANI, 2013). Busca-se pensar a contribuição do ensino de arte frente à alienação, ao poder hostil e destrutivo com que se defronta o(a) professor(a) (MÉSZÁROS, 2006), problematizando: o currículo proposto na licenciatura em Artes Visuais, da Universidade Federal (PR), corresponde às demandas de qualificação exigidas de quem atua no ensino de arte nos níveis fundamental e médio? Há aderência entre conhecimentos artísticos específicos e pedagógicos oferecidos na licenciatura em Artes Visuais (UFPR), os currículos das Secretarias de Educação e os conteúdos abordados na Educação Básica? Buscou-se compreender quem é o professor de carne e osso, a partir da crítica a tendência de se situar a subjetividade “dentro” e o social e o cultural “fora” do sujeito (GONZALEZ REY, 2012). Constatou-se que essa tendência encontrou expressão num projeto mais prescritivo de formação e menos aderente a investigação dos recursos subjetivos do professor no enfrentamento das situações cotidianas em sala de aula, a exemplo da prática institucionalizada de um único professor trabalhando com todas as linguagens. Enfim, como ele destrincha os conhecimentos específicos da arte (o quê) e os pedagógicos (o como) e o que resulta dessa amálgama, tendo em vista as condições cada vez mais adversas nas quais está mergulhada a escola no contexto atual brasileiro?
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