SOBRE PESQUISA, DIDÁTICA E FORMAÇÃO
construindo nossas práticas com Currículos que Transvergem. Enfrentando a colonialidade em suas mais diversas formas
DOI:
https://doi.org/10.15687/rec.v14i3.60117Palavras-chave:
Currículos que Transvergem, Colonialidade, Práticas-Investigativas-TransformadorasResumo
Trazemos em nosso processo de constituição social as marcas da dor e da ferida colonial. Conhecer, identificar e enfrentar essas dores e marcas não é um movimento tão fácil, requer disposição, ganha-se inimizades, porque passamos a mexer no terreno dos privilégios. O que tensionamos trazer neste artigo resulta de nossas Práticas-Investigativas-Transformadoras, a nossa PIT, que nasce de nosso trabalho de doutoramento. É por meio deste trabalho de investigação que defendemos ainda a Banca Popular e Currículos que Transvergem, como formas de pesquisa, didática, prática e formação outras. Somado a isso, reivindicamos ainda a perspectiva da Trans-form-AÇÃO, que seria transgredir, transformar, formar e agir por um outro viés. Contra-hegemônico e anti/contra/decolonial, por assim dizer, seria também uma forma de resistência e insurgência, de luta e de reinvenção de novos caminhos no enfrentamento à colonialidade, enquanto Subalternizadxs-Mambembes-Insurgentes que somos. É quando ocupar espaços torna-se urgente e salutar no combate ao epistemicídio e à biblioteca colonial que insistem em querer nos tragar.
Downloads
Métricas
Referências
ADAMS, Telmo; STRECK, Danilo R. Pesquisa em educação: os movimentos sociais e a reconstrução epistemológica num contexto de colonialidade. Educação e Pesquisa (USP Impresso), v. 38, p. 243-258, 2012.
ASANTE, Molefi Kete. Afrocentricidade: notas sobre uma posição disciplinar. In: Nascimento, Elisa Larkin (Org.) Afrocentricidade. Uma abordagem epistemológica inovadora. São Paulo: Ed. Selo Negro, 2009.
CARRILLO, Alfonso Torres. Identidad y Política de la Acción Coletiva.Organizaciones populares y luchas Urbanas en Bogotá 1980-2000. Bogotá: Universidad Pedagógica Nacional, 2007.
CURIEL, Ochy, Género, raza, clase y sexualidad: debates contemporâneos. Conferencia presentada en la Universidad Javeriana, Colombia, 2012.
CUSICANQUI, Silvia Rivera. Ch’ixinakax utxiwa: una reflexión sobre prácticas y discursos descolonizadores. Buenos Aires: Tinta Limón, 2010.
CUSICANQUI, Silvia Rivera. Sociología de la imagen: ensayos. Ciudad Autónoma de Buenos Aires: Tinta Limón, 2015.
ESPINOSA-MINOSO, Yuderkys. Etnocentrismo y colonialidad em los feminismos latinoamericanos: complicidades y consolidación de las hegemonias feministas en el espacio transnacional. Revista Venezoelana de Estudios de la Mujer – Julio/Deciembre. Vol. 14, no 33 – pp. 37-54, 2009.
EVARISTO, Conceição. Becos da Memória. 200p. Rio de Janeiro: Pallas. 2017.
EVARISTO, Conceição. Da grafia-desenho de minha mãe, um dos lugares de nascimento de minha escrita. In: Alexandre, Marcos A. (org.) Representações performáticas brasileiras: teorias, práticas e suas interfaces. Belo Horizonte: Mazza Edições, p. 16-21. 2007.
EVARISTO, Conceição. Literatura negra: uma poética de nossa afro-brasilidade. Scripta. v.13, n.25, p. 17-31. 2009.
FALS BORDA, Orlando. Aspectos teóricos da pesquisa participante: considerações sobre o significado e o papel da ciência na participação popular. In: Brandão, Carlos Rodrigues (Org.). Pesquisa participante. 2. ed. São Paulo: Brasiliense, 1987. p. 34- 41.
FALS BORDA, Orlando. Pesquisa-Ação, ciência e educação popular nos anos 90. In: STRECK, Danilo (Org.). Fontes da Pedagogia Latino-Americana: uma antologia.Belo Horizonte: Autêntica Editora, 1994.
FALS BORDA, Orlando; BRANDÃO, Carlos Rodrigues. Investigación Participativa. Montevideo: La Banda Oriental, 1987.
FANON, Frantz. Los Condenados de la Tierra. Buenos Aires: 1ª ed. Fondo de Cultura Económica, 2009.
FANON, Frantz. Os condenados da terra. Juiz de Fora/MG: Editora UFJF, 2005.
FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005.
FREIRE, Paulo; NOGUEIRA, Adriano. Que fazer: teoria e prática em educação popular. Rio de Janeiro: Vozes, 1989.
GOHN, Maria da Glória. Educação não-formal e o educador social: atuação no desenvolvimento de projetos sociais. São Paulo: Cortez, 2010, 103 p.
GONZALEZ, Lélia. Racismo e sexismo na cultura brasileira. In: SILVA, L. A. et al. Movimentos sociais urbanos, minorias e outros estudos. Ciências Sociais Hoje, Brasília, ANPOCS n. 2, p. 223-244, 1984.
HOOKS, Bell. Ensinando a transgredir: a educação como prática da liberdade. WMF Martins Fontes, 2013.
ORTIZ, Marielsa; BORJAS, Beatriz. La Investigación Acción Participativa: aporte de Fals Borda a la educación popular. Espacio Abierto, vol. 17, núm. 4, octubre-diciembre, 2008, pp. 615-627 Universidad del Zulia Maracaibo, Venezuela.
QUIJANO, Aníbal. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In: Lander, Edgardo. A colonialidade do saber, eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas Latino-americanas. Colección Sur Sur, CLACSO, Ciudad Autónoma de Buenos Aires. Argentina, setembro 2005.
REINAGA, Fausto. Manifiesto del Partido Indio de Bolivia. La Paz: Ediciones PIB, 1970.
REINAGA, Fausto. Mi vida. La Paz: Fundación Amautica Fausto Reinaga, 2014.
SOUZA, Jessé. A Construção Social da Subcidadania: para uma Sociologia Política da Modernidade Periférica. Belo Horizonte: Editora UFMG; Rio de Janeiro: IUPERJ, 2003. Coleção Origem. 207p.
SUBCOMANDANTE INSURGENTE MARCOS. EZLN. Nem o centro e nem a periferia: sobre cores, calendários e geografias. Erahsto Felício e Alex Hilsenbeck (org.). Coletivo Protopia S.A. e Danilo Ornelas Ribeiro, tradução. Porto Alegre: Deriva, 2008.
WALSH, Catherine. Prefácio e Abertura. In: WALSH, Catherine (Ed.). Pedagogías decoloniales: Prácticas insurgentes de resistir, (re)existir y (re)vivir. TOMO II. Quito: Ediciones Abya-Yala, 2017.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Revista Espaço do Currículo
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Ao submeter um artigo à Revista Espaço do Currículo (REC) e tê-lo aprovado, os autores concordam em ceder, sem remuneração, os seguintes direitos à Revista Espaço do Currículo: os direitos de primeira publicação e a permissão para que a REC redistribua esse artigo e seus metadados aos serviços de indexação e referência que seus editores julguem apropriados.