AFRICANIDADES EM TRANSCRIAÇÕES INFANTIS
práticas curriculares e avaliativas
DOI:
https://doi.org/10.15687/rec.v14i3.61590Palavras-chave:
Africanidades, Transcriações infantis, Currículo, Avaliação, Educação InfantilResumo
Busca ampliar sentidos de docências com crianças, em transcriações infantis, a respeito da beleza da africanidade, da importância dos negros na história do Brasil e dos modos de re-existir e reencantar o mundo. O campo problemático se constitui ao destacar o incômodo vivido por crianças negras ao desenhar, pensar e narrar sobre si, sobre sua cor de pele, tipo de cabelo e pela dor sentida pela discriminação. Apresenta experiências educativas e registros elaborados junto a um grupo de crianças entre 5 a 6 anos de uma instituição da autarquia federal de ensino no ano de 2019. Mobiliza a metodologia de pesquisa-intervenção pautada na cartografia e redes de conversações como procedimento para problematizar os diálogos entre as crianças, professoras, famílias e estudantes de Cursos de Licenciatura. Realiza conexões com a noção de currículos em redes de conhecimentos, de transcriações infantis e de avaliação como prática cartográfica de registros cotidianos. Como resultados, posiciona-se quanto ao papel social e colaborativo da escola e da universidade, ao assumir a contribuição de práticas curriculares e avaliativas de processos e de registros, que confiram visibilidade às dimensões conceituais, procedimentais, estéticas, éticas, atitudinais e políticas, que contribuam para romper com lógicas excludentes, com o racismo estrutural, com a supressão das diferenças e com a redução das existências desde a infância.
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