FISSURAS CURRICULARES NA PROFISSÃO DOCENTE
narrativas pedagógicas na/com a diversidade
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.1983-1579.2020v13nEspecial.54550Palavras-chave:
Profissão Docente, Fissuras curriculares, Diversidade, Narrativas de Experiências PedagógicasResumo
Este artigo visa discutir fissuras curriculares produzidas por professores/as da Educação Básica na relação com a diversidade. A partir de uma perspectiva epistemopolítica que se inclina à escuta das experiências desperdiçadas dos/as docentes (SANTOS, 2011), buscamos analisar o campo de disputa curricular construído a partir de narrativas de experiências pedagógicas. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, de abordagem narrativa, desenvolvida com docentes da Educação Profissional Técnica de dois campi do Instituto Federal da Bahia. O estudo foi desenvolvido a partir de análise colaborativas de cartas pedagógicas escritas, reescritas, lidas, comentadas e editadas pedagogicamente entre os/as docentes envolvidos/as. O resultado aponta para fissuras curriculares que são traduzidas em um campo de disputa de existencialidades que vão reposicionando os/as professores/as na autoria de uma outra política de conhecimento. Entre as fissuras apresentadas, os/as professores/as apontam o conflito cultural e o protagonismo estudantil como mobilizadores de rupturas nas práticas curriculares coloniais. Além disso, destacaram a política de conhecimento instaurada na produção de autorias docentes, que reposicionaram a geopolítica dos saberes produzidos no/com o cotidiano da profissão docente, como uma possibilidade de deslocar o currículo para uma perspectiva insurgente.
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