DOSSIÊ - O GOLPE DE 1964, 60 ANOS DEPOIS: NARRATIVAS, RESISTÊNCIA E REDEMOCRATIZAÇÃO

2024-03-31

Passados 60 anos do Golpe Civil Militar de 31 de março de 1964, que instaurou um período de repressão no Brasil e que durou 21 anos, necessário se faz retomarmos o testemunho da história, e reescrevermos as memórias desse período, com o propósito de que fatos semelhantes não mais se repitam. Movimentos antidemocráticos e ameaças de diferentes formas de opressão se fazem e fizeram sentir desde sempre na história de diferentes países em tempos distintos. Em 2024, sessenta anos decorridos desse acontecimento circunscrito, da história do Brasil, propomo-nos ampliar o domínio investigativo, mobilizando pesquisas e problematizações de âmbito multidisciplinar, que, partindo da abordagem da história e da memória, convoquem ainda, como num caleidoscópio, outras perspectivas de equivalente espectro simbólico, relacionadas com a opressão e o abuso do poder, a resistência e as lutas, e também os processos de libertação e redemocratização.

Nessa perspectiva, propomos o Dossiê "O golpe de 1964, 60 anos depois: narrativas, resistência e redemocratização", coordenado pelas Professoras Dra. Maria Elizete Guimarães Carvalho (PPGE/PPGDH/UFPB), Dra. Terciane Ângela Luchese (PPGE/PPGH/UCS) e Dra. Ana Paula Pinto (FFCS/UCP). No cenário histórico dos 21 anos de ditadura civil-militar, serão aceites artigos que coloquem em discussão e reflexão fatos e narrativas sobre sujeitos, lugares, experiências, bem como relações sociais, educacionais, culturais, religiosas, econômicas entre tantas outras, que se processaram nesse momento e que marcaram a vida nacional brasileira. O dossiê acolherá resultados investigativos sobre esse passado histórico, com aprofundamento analítico para repensar criticamente a ditadura civil-militar e as múltiplas relações que esse regime político teceu/tece com instituições e indivíduos em suas diversas escalas regional, nacional e/ou internacional.

Assim, com o propósito de cumprir o dever e o direito de memória, ofertando ao público narrativas de “um passado que não passa” (ROUSSO, 2016) ou de um passado sempre presente, com suas dores, lembranças e esquecimentos, convidamos a comunidade nacional e internacional para esse debate, considerando que essa história ainda está em processo de produção e de reescrita.

O prazo para envio de manuscritos é até 30 de junho de 2024, com a perspectiva de publicação em outubro de 2024.

Organizadoras: Professora Dra. Elizete Carvalho (UFPB), Professora Dra. Terciane Ângela Luchese (UCS) e Professora Dra. Ana Paula Pinto (UCP).