A DÉCADA DA EDUCAÇÃO E AS POLÍTICAS DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES: UM CONVITE À REFLEXÃO
Resumo
Resumo: O presente artigo apresenta-se como um convite à reflexão acerca das políticas de formação de professores no Brasil executadas na Década da Educação e de forma especifica, faz referência às políticas de formação que ressoaram nos anos 90 no Estado do Tocantins. O mesmo tem por objetivo apresentar os contextos e os sentidos das políticas educacionais assumidas pelo governo brasileiro e como consequência seus reflexos na formação de professores, compreendida nesse contexto enquanto direito. Tal formação assume uma posição de inacabamento e isso se reflete numa formação permanente com vistas a proporcionar a preparação profissional. Nessa direção, observa-se que o enraizamento de processos formativos de longo prazo poderá trazer sérias consequências para a ação educacional (desde a perda da referência da qualidade até a perda de elementos mínimos nos processos das relações humanas). Assim, há uma necessidade premente de redimensionar a concepção de formação humana relativa às crises no mundo do trabalho e das exigências mercadológicas e economicistas que orientaram as reformas ocorridas na educação brasileira no período estudado. Ratifica-se ainda a importância de se rever a continuidade daquilo que chamamos de políticas de formação deformantes. Acreditamos que esse deve ser um imperativo aos educadores que acreditam na educação e que buscam construir um projeto educativo emancipatório e humanizador.
Palavras chaves: Política Educacional. Formação de Professores. Década da Educação.
Downloads
Referências
ARAÚJO, Nataniel da Vera-Cruz Gonçalves. O Normal Superior telepresencial e a trilogia:política educacional, formação de professoras(es) e educação a distância. 2008. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Federal do Maranhão, São Luís, 2008.
BRASIL. Ministério de Educação e Cultura. LDB -Lei nº 9394/96, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da Educação Nacional. Brasília: MEC, 1996
CAMPOS, Maria Malta. A formação de professores para crianças de 0 a 10 anos: modelos em debate. Educação & Sociedade. Campinas: Cedes, n. 68, p.126-142, 1999.
CUNHA, Maria Isabel da (org). Pedagogia Universitária: energias emancipatórias em tempos neoliberais. Araraquara, SP: Junqueira & Marin, 2006.
________Inovação como perspectiva emancipatória no ensino superior: mito ou possibilidade? In: CANDAU, Vera Maria (org,). Ensinar e aprender: sujeito, saberes e pesquisa. Encontro Nacional de Didática e Prática de Ensino (ENDIPE). Rio de Janeiro: DP&A, 2002. p.133-147.
DOURADO, Luiz Fernandes. A reforma do Estado e as políticas de formação de professores nos anos 1990. In: DOURADO, L.; PARO, V. H (Orgs.). Políticas Públicas & Educação Básica. São Paulo: Xamã, 2001.
________Reforma do Estado e as políticas para educação superior no Brasil nos anos 90. Educação & Sociedade. Campinas: CEDES, n. 80, v. 23. p.235 – 276, setembro, 2002.
FREITAS, Helena Costa Lopes de. Formação de professores no Brasil: 10 anos de embate entre projetos de formação. Educação & Sociedade. Campinas: CEDES, n. 80, v. 23, p. 137-168, setembro, 2002.
_______ A (nova) política de formação de professores: a prioridade postergada. Educação e Sociedade. Campinas: CEDES Especial. vol. 28, n. 100, p. 1203-1230, out. 2007.
______ A reforma do ensino superior no campo da formação dos profissionais da educação básica: as políticas educacionais e o movimento dos educadores. Educação & Sociedade. Campinas: CEDES, n. 68, p.17- 44, 1999.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 13.ed. São Paulo: Paz e Terra, 1998.
GARCIA, Carlos Marcelo. Formação de professores: para uma mudança educativa. Portugal . Porto Editora. 1999.
KISHIMOTO, Tizuko Morchida. Política de formação profissional para a educação infantil: Pedagogia e Normal Superior. Educação & Sociedade. Campinas: Cedes, n. 68, p. 61-79, 1999.
KUENZER, Acácia Zeneida. Da dualidade assumida à dualidade negada: o discurso da flexibilidade justifica a inclusão excludente.Educação & Sociedade. Campinas: CEDES, n. 100, p.1153 – 1178, 2007.
__________As políticas de formação: a construção da identidade do professor sobrante. Educação & Sociedade. Campinas: CEDES, ano 20, n. 68, p.163-183, 1999.
MORAES, Maria Cândida. O paradigma educacional emergente. Disponível em: <http://www.ub.edu/sentipensar/pdf/candida/paradigma_emergente.pdf>. Acesso em: 13 mar. 2013.
PÉREZ GÓMES, A. I. A função e formação do professor/a no ensino para a compreensão: diferentes perspectivas. In: SACRISTÁN, J. Gimeno; PEREZ GÓMEZ, A.I. Compreender e transformar o ensino. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 1998. p. 353-380.
PINHO, Maria José. Políticas de Formação de Professores: Intenção e Realidade. Goiânia: Cânone, 2007.
ROCHA, José Damião Trindade. Sentidos, concepções e discursos da formação de professores no Brasil no final do século XX: respingos e estilhaços na educação do Tocantins. In DOURADO, Luiz Fernandes e OLIVEIRA, João Ferreira (orgs). Políticas e gestão da educação no Tocantins: múltiplos olhares. São Paulo: Xamã, 2008.
SILVA, Maria Abádia da. Intervenção e consentimento: a política educacional do Banco Mundial. Campinas, São Paulo: autores associados, FAPESP, 2002.
SHIROMA, Eneida Oto; MORAES, Maria Célia M. de; EVANGELISTA, Olinda. Política Educacional. Rio de Janeiro: DP&A, 2002, 2ª ed.
SUANNO, Marilza Vanessa Rosa e SILVA, Carlos Cardoso. Resiliência, adversidade criadora e educação In SUANNO, Marilza Vanessa Rosa, DITTRICH, Maria Glória e MAURA, Maria Antonia Pujol (orgs.). Resiliência, Criatividade e Inovação: potencialidades transdisciplinares na educação. Goiania, GO. UEG: Ed. América, 2013.
WECHSLER, Solange Muglia. Criatividade e inovação no contexto brasileiro. In: Anais textos completos. I Congresso Internacional criatividade e inovação: visão e prática em diferentes contextos. Disponível em . Acesso em: 22 fev.2013.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).