O programa residência pedagógica e a inclusão:
o (re)pensar das residentes sobre as práticas vivenciadas
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.2359-7003.2024v33n1.65451Palavras-chave:
Público-Alvo da Educação Especial, Pedagogia, Residência Pedagógica, Exclusão, Covid-19Resumo
O Programa Residência Pedagógica (PRP) visa, dentre outros objetivos, o aperfeiçoamento da formação e o contato efetivo com o contexto educacional no qual o(a) licenciando(a) irá atuar. Assim, com base no exposto, objetivamos: investigar como as práticas propostas no âmbito do PRP, a partir da pesquisa crítica de colaboração, podem suscitar o desenvolvimento de experiências inclusivas. O referencial teórico está pautado nas teorizações da psicologia sócio-histórica, com base em Vigotski e outros(as) autores(as). Outrossim, ainda com base na pesquisa do tipo colaborativa, utilizamos de sessões reflexivas individuais e coletivas, via Meet, com gravação em áudio e vídeo, com o total de 13 participantes, entre os meses de fevereiro e abril de 2022, vinculados a duas escolas campo do PRP, situadas no nordeste brasileiro, com análise de conteúdo temática. O corpus empírico aponta para o reconhecimento da exclusão vivenciada pelo estudante Público-Alvo da Educação Especial (PAEE) nas escolas campo do PRP. Em suma, as práticas propostas no âmbito do PRP, a partir da pesquisa crítica de colaboração, foram importantes, mas não suficientes para suscitar o desenvolvimento de experiências inclusivas no PRP.
Downloads
Referências
ANPED. Entidades se posicionam contrárias à padronização e controle impostos pelo Programa de Residência Pedagógica! Não à BNCC! Mar.2018. Disponível em: <http://www.anped.org.br/news/entidades-se-posicionam-contrariaspadronizacao-e-controle-impostos-pelo-programa-de-residencia>. Acesso realizado em: 27 de jun. de 2021.
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Educação é a Base. Brasília: MEC/CONSED/UNDIME, 2018b. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 2 jun. 2017.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília: Presidência da República, 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 15 jan. 2019.
BRASIL. Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015. Institui a lei brasileira de inclusão da pessoa com deficiência (estatuto da pessoa com deficiência). Brasília, 2015. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm>. Acesso em: 16 jan. 2017.
BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário Oficial da União, Brasília, v. 134, n. 248, Seção 1, p. 27834-27841, 1996.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Inclusão: Revista da Educação Especial, Brasília, v. 4, n. 1, p.7-17, jan./jun. 2008. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/revinclusao5.pdf>. Acesso em: 20 nov. 2015.
BRASIL. Portaria nº 38, de 28 de fevereiro de 2018. Institui o Programa de Residência Pedagógica. Diário Oficial da União, Brasília, 2018a. Disponível em: <https://www.gov.br/capes/pt-br/centrais-de-conteudo/28022018-portaria-n-38-institui-rp-pdf>. Acesso em: 30 out. 2020.
FUMES, Neiza de Lourdes Frederico Fumes; CARMO, Bruno Cleiton Macedo do. Deficiência, educação e pandemia: a desigualdade revelada. Maceió, AL: EDUFAL, 2021.
IBIAPINA, Ivana Maria Lopes de Melo. Pesquisa colaborativa: investigação, formação e produção de conhecimentos. Brasília: Líber Livro, 2008.
IBIAPINA, Ivana Maria Lopes de Melo; FERREIRA, Maria Salonilde. A pesquisa colaborativa na perspectiva sócio-histórica. Linguagens, Educação e Sociedade – Teresina, n. 12, jan./jun. 2005.
JANNUZZI, G. S. de M. A educação do deficiente no Brasil: dos primórdios ao início do século XXI. 3. ed. rev. Campinas: Autores Associados, 2012.
LIBERALI, F. C.; MAGALHÃES, M. C. C. Formação de professores e pesquisadores: Argumentando e compartilhando significados. In: TELLES, João A. (Org.). Formação inicial e continuada de professores de língua: Dimensões e ações na pesquisa e na prática. 01 ed. Campinas, SP: Pontes Editores, 2009, v. 01, p. 43-66.
LIBERALI, Fernanda Coelho; LESSA, Angela Cavenaghi; FIDALGO, Sueli Salles; MAGALHÃES, Maria Cecília. PAC: Um programa para a formação crítica de educadores. Estudos da Linguagem. São Paulo, 2009.
LOCKMANN, K.; KLEIN, R. R. Processos de in/exclusão de alunos com deficiência em tempos de sindemia covídica Ciência & Educação, Bauru, v. 28, e22048, 2022.
MAGALHÃES, M.C.C. A linguagem na formação de professores reflexivos e críticos. In: MAGALHÃES, M.C.C. A formação do professor como um profissional crítico: linguagem e reflexão. Campinas, São Paulo: Mercado das Letras, 2004.
MAGALHÃES, M.C.C. O método para Vygotsky: A zona proximal de desenvolvimento como zona de colaboração e criticidade criativas. In: SCHETTINI, R.H.; DAMIANOVIC, M.C.; HAWI, M.M.; SZUNDY, P.T.C. (Orgs.) Vygotsky: Uma revisita no início do século XXI. 1a ed. São Paulo: Andross, 2009.
MAGALHÃES, Rodrigo Cesar da Silva. Pandemia de covid-19, ensino remoto e a potencialização das desigualdades educacionais. História, Ciências, Saúde. Manguinhos, Rio de Janeiro, v.28, n.4, out.-dez. 2021, p.1263-1267 2020 . Disponível em: <https://www.scielo.br/j/hcsm/a/PsyyZM3qmWPBQcBMm5zjGQh/?format=pdf&lang=pt>. Acesso realizado em: 07 out. 2022.
MATOS, N. S. D. et. al. BNCC e a política de educação especial na perspectiva da educação inclusiva: análise à luz da teoria histórico-cultural e da pedagogia. In: MALANCHEN, J; MATOS, N. S. D.; ORSO, P. J. (Org.). A pedagogia histórico-crítica, as políticas educacionais e a base nacional comum curricular. Campinas, SP: Editora Autores Associados, 2020.
MENDES, G. M. L.; PLETSCH, M. D.; LOCKMANN, K. Adiando o fim da escola: perspectivas internacionais sobre educação em tempos de pandemia. Práxis Educativa, Ponta Grossa, v. 15, e2017127, p. 1-6, 2020. doi: https://doi.org/jd9r
MINAYO, Maria Ceclília de Souza (Org.) Pesquisa social. Teoria, método e criatividade. 34. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2015.
SANTANA, Flávia Cristina de Macêdo; BARBOSA, Jonei Cerqueira. O dispositivo formativo da residência pedagógica: ataques, lutas e resistências. Revista Brasileira de Educação. v. 25 e250065 2020 https://doi.org/10.1590/S1413-24782020250065
SANTIAGO, L. V. FUMES, N. L. F. Diferentes olhares sobre a educação física na escola. Ed. UFAL, 2005.
SAVIANI, D. Crise estrutural, conjuntura nacional, coronavírus e educação – o desmonte da educação nacional. Revista Exitus, [S. l.], v. 10, n. 1, p. e020063, 2020. DOI: 10.24065/2237-9460.2020v10n1ID1463. Disponível em: http://www.ufopa.edu.br/portaldeperiodicos/index.php/revistaexitus/article/view/1463. Acesso em: 30 ago. 2022.
SAVIANI, D. Pedagogia histórico-crítica, quadragésimo ano: novas aproximações. Campinas – SP: Autores Associados, 2019.
SILVA, K. A. C. P.; CRUZ, S. P. A Residência Pedagógica na formação de professores: história, hegemonia e resistências. Momento: Diálogos em Educação, Rio Grande do Sul, v. 27, n. 2, p. 227-247, maio/ago. 2018.
SILVA, K. A. P. C. Residência pedagógica: uma discussão epistemológica. Formação Docente – Revista Brasileira de Pesquisa sobre Formação de Professores, [S. l.], v. 12, n. 25, p. 109–122, 2020. DOI: 10.31639/rbpfp.v13i25.437. Disponível em: https://www.revformacaodocente.com.br/index.php/rbpfp/article/view/437. Acesso em: 13 jan. 2023.
VIGOTSKI, L. S. Problemas de defectologia. São Paulo: Expressão Popular, 2021.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Revista Temas em Educação
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).