Subversões dos estereótipos do corpo negro no ensaio Rio Baile Funk

Autores

  • Michel de Oliveira Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Annelena Silva da Luz Universidade Federal do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.1983-5930.2019v12n1.44375

Palavras-chave:

Corpo negro, Fotografia, Funk, Imaginário

Resumo

O artigo propõe uma leitura simbólica do ensaio Rio Baile Funk, do fotógrafo Vincent Rosenblatt, a fim de identificar se as imagens diferem das representações do corpo negro da iconografia fotográfica brasileira. Partindo de referenciais sobre a representação do negro na fotografia e sobre o funk como catalisador simbólico das pulsões do corpo, foi possível identificar aspectos simbólicos ligados a uma ritualística orgiástica, voltada ao contato e à profanação, que subvertem o estereótipo do corpo negro utilitário e subserviente.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Michel de Oliveira, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Doutorando em Comunicação e Informação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Annelena Silva da Luz, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Mestra em Comunicação e Informação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Referências

ARAÚJO, Alberto Filipe; GOMES, Eunice Simões Lins; ALMEIDA, Rogério de. O mito revivido: mitanálise como método de investigação do imaginário. São Paulo: Képos, 2014.

DURAND, Gilbert. Campos do Imaginário. Lisboa: Instituto Piaget, 1996.

ESSINGER, Silvio. Batidão: uma história do funk. Rio de janeiro: Record, 2005.

FABRIS, Annateresa. Identidades virtuais: uma leitura do retrato fotográfico. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2004.

KOUTSOUKOS, Sandra Sofia Machado No estúdio do fotógrafo: representação e auto-representação de negros livres, forros e escravos no Brasil da segunda metade do século XIX. Tese (Doutorado em Multimeios), Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2006.

_______. “Amas-de-leite no estúdio do fotógrafo: Brasil, século XIX”. In: SIMPÓSIO NACIONAL DE HISTÓRIA - ANPUH, 23, 2005. Anais..., Londrina/PR, UEL, jul. 2005, disponível em: <http://www.anpuh.uepg.br/xxiii-simposio>. Acesso em: 08 jan. 2018.

KOSSOY, Boris; CARNEIRO, Maria Luiza Tucci. O olhar europeu: o negro na iconografia brasileira do século XIX. 2. ed. São Paulo: Edusp, 2002.

LOPES, Adriana de Carvalho. Funk-se quem quiser: no batidão negro da cidade carioca. Rio de Janeiro: Bom Texto, 2011.

MIZRAHI, Mylene. “Indumentária funk: a confrontação da alteridade colocando em diálogo o local e o cosmopolita”. Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, ano 13, n.18, p. 231-262, jul./dez. 2007. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ha/v13n28/a10v1328.pdf>. Acesso em: 10 jan. 2019.

QUINTAS, Georgia. “Amas-de-leite e suas representações visuais: símbolos socioculturais e narrativos da vida privada do Nordeste patriarcal-escravocrata na imagem fotográfica”. Revista Brasileña de Sociología de la Emoción, v. 8, n. 22, 2009, p. 11-44. Disponível em: <http://www.cchla.ufpb.br/rbse/QuintasArt.pdf>. Acesso em: 10 jan. 2019.

ROTH, Lorna. “Questão de pele”. Revista Zum. Disponível em: <https://revistazum.com.br/revista-zum-10/questao-de-pele/>. Acesso em: 09 jan. 2019.

SODRÉ, Muniz. A ciência do comum: notas para um método comunicacional. Petrópolis: Vozes 2014.

VAZ, Paulo Bernardo Ferreira; MENDONÇA, Ricardo Fabrino. “A representação visual do negro no jornal impresso”. In: XXV Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, 2002, Salvador. Anais... São Paulo: Intercom, 2002. Disponível em: <http://www.portcom.intercom.org.br/pdfs/61313941123136382550073801735930638563.pdf>. Acesso em: 09 jan. 2019.

Downloads

Publicado

2019-12-18

Como Citar

OLIVEIRA, M. de; DA LUZ, A. S. Subversões dos estereótipos do corpo negro no ensaio Rio Baile Funk. Culturas Midiáticas, [S. l.], v. 12, n. 1, p. 86–101, 2019. DOI: 10.22478/ufpb.1983-5930.2019v12n1.44375. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/index.php/cm/article/view/44375. Acesso em: 23 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos