Binomia e estranho em Noite na Taverna, de Álvares de Azevedo
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.1516-1536.2021v23n1.56468Palavras-chave:
Fantástico, Ficção, Grotesco, Sublime, NarrativaResumo
O artigo discute traços fantásticos na obra Noite na taverna, de Álvares de Azevedo. O percurso crítico adotado toma como fonte teórica as considerações de Todorov (2003) e a presença da binômia azevediana como elemento constitutivo da obra, bem como a presença do grotesco, conforme Hugo (1992) como elementos importantes na obra. Apoiados nos conceitos de sublime em Longino (2020) e grotesco em Hugo (1992) vislumbramos a presença de elementos estéticos do fantástico estranho, conforme Todorov (2003), em nosso corpus. Evitaremos, neste estudo, problematizar a ideia de Longino (2020) quanto ao efeito do extraordinário como marca do sublime, preferimos, na linha organizacional deste artigo, apontar para a ideia de transcendência ao real imediato em relação ao imagético, nas considerações do autor grego, como ponto de contato entre sua reflexão sobre o sublime e a classificação feita por Todorov (2003) em relação ao fantástico. Como principal percurso metodológico comentamos o corpus de forma a abordar elementos estilísticos e estéticos no texto de Álvares de Azevedo que mobilizam aspectos como o grotesco, o riso e o estranho em busca do diálogo entre real natural e o sobrenatural entendidos como fatores de construção do universo ficcional de caráter fantástico em Noite na taverna.
Downloads
Referências
ADONIAS, Filho. Apresentação à Noite na taverna. In: AZEVEDO, Álvares de. Noite na taverna. 15. ed. Rio de Janeiro: Ediouro, 1996.
ALVES, Cilaine. O belo e o disforme: Álvares de Azevedo e a ironia romântica. São Paulo: Edusp/Fapesp, 1998.
AZEVEDO, Álvares de. Noite na taverna. 15. ed. Rio de Janeiro: Ediouro, 1996.
AZEVEDO, Álvares de. A lira dos vinte anos. 26. ed. Rio de Janeiro: Ediouro, 1998.
CAMILO, Vagner. Risos entre pares: poesia e humor românticos. São Paulo: Edusp, 1997.
CORTAZAR, Júlio. El sentimiento de lo fantástico. Conferência proferida na Venezuela, por Júlio Cortazar, em la U.C.A.B., em 1982. Disponível em: https://campus.almagro.ort.edu.ar/lengua/articulo/1332085/el-fantastico-segun-julio-cortazar . Acesso em: 06 dez. 2020.
HUGO, Victor. Prefácio de Cromwell. In.: GOMES, Álvaro Cardoso; VECHI, Carlos Alberto. A estética romântica: textos doutrinários comentados. Tradução Maria Antônia Simoes Nunes e Decílio Golombini. São Paulo: Atlas, 1992.
LE GOFF, Jacques. História e memória. Tradução Bernardo Leitão et al. Campinas, SP: Editora da UNICAMP, 1990.
LONGINO, Dionísio. Do sublime. Tradução de Marta Isabel de Oliveira Várzeas. Coimbrã: Imprensa da Universidade de Coimbrã. Disponível em: https://digitalis-dsp.uc.pt/bitstream/10316.2/38162/1/Do%20Sublime.pdf . Acesso em 01 dez. 2020.
SHAKESPEARE, William. Hamlet. 3. ed. Tradução de Péricles Eugênio as Silva Ramos. São Paulo: Abril Cultural, 1976.
TODOROV, Tzvetan. Introdução à literatura fantástica. 2. ed. São Paulo: Perspectiva, 2003.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Danglei Castro Pereira
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.