O fim da literatura: possibilidades de enfrentamento

Autores

  • Diego Gomes do Valle Universidade Estadual de Ponta Grossa

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.1516-1536.2020v22n2.51734

Palavras-chave:

Fim da literatura, A balada do cárcere, Humanização, Bruno Tolentino, Leitura

Resumo

Há décadas, vaticina-se e aguarda-se o fim da literatura. Muitos críticos e teóricos da literatura lamentam e se ressentem por um futuro apocalíptico, que nunca chega. Este artigo parte dessa discussão e a aprofunda com vista a uma possível resolução nos campos da crítica e do ensino de literatura. Trata-se, como desenvolvemos no artigo, de uma abordagem literária ao mesmo tempo especificizante e interdisciplinar, para assim o elemento humanizante surgir no mundo feito de papel. À guisa de exemplo, analisamos o poema “O monstrengo”, que está no livro A balada do cárcere, de Bruno Tolentino. Desse modo, almejamos reunir, a um só tempo, diagnóstico, análise e, propositivamente, uma abordagem minimamente suficiente, diante desse estado de coisas.

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Biografia do Autor

Diego Gomes do Valle, Universidade Estadual de Ponta Grossa

Graduação em Letras Port.Esp. (UEPG), Mestrado em Estudos literários (UFPR) e Doutorado em Teoria e História Literária (UNICAMP). Atualmente, professor colaborador da UEPG.

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Publicado

15.10.2020

Edição

Seção

DOSSIÊ: LITERATURA - EDUCAÇÃO, RECEPÇÃO E CIRCULAÇÃO DE OBRAS LITERÁRIAS