Reformas curriculares no ensino superior: proposta de análise das origens do programa de incentivo às mudanças curriculares nos cursos de medicina (Promed)
DOI:
https://doi.org/10.15687/rec.v3i2.4048Resumo
O artigo focaliza, no âmbito das associações médicas, o debate sobre o currículo de formação médica no Brasil, por meio da problematização das lutas materiais e simbólicas que cercaram a transformação do currículo flexneriano das escolas de medicina em currículo de ensino médico adequado ao Sistema Único de Saúde (SUS). Por meio da incorporação do modelo de medicina comunitária, que está sendo incentivado e incorporado pelo Ministério da Educação via Programa de Incentivo às Mudanças Curriculares nos Cursos de Medicina (PROMED). Parte da hipótese de que as regras produzidas pelo governo, visando às mudanças curriculares, não podem ser separadas das lutas contemporâneas, muitas vezes dadas por científicas, que propõem, dentro de um « projeto universalista », o estabelecimento de formas de organização e princípios de ação que se pretende estender ao conjunto do planeta. Interessa-nos compreender os efeitos da circulação internacional dos médicos sanitaristas brasileiros que operaram para elaboração desse projeto nos organismos interamericanos (Organização Pan-americana de saúde, Rede Unida), organizações filantrópicas (Fundação Kellogg, Fundação Rockefeller), a Organização Mundial da Saúde, e Associações Profissionais.Downloads
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