CURRICULO E IDENTIDADES
aproximações entre educação, cultura e arqueologia social inclusiva na Fundação Casa Grande em Nova Olinda-CE
DOI:
https://doi.org/10.15687/rec.v16i2.67402Palavras-chave:
Currículo, Educação, Arqueologia Social InclusivaResumo
A construção das identidades passa por um processo de socialização, e relação com as culturas através dos percursos formativos, agregando elementos articulados pelas instituições educativas formais e não formais. A Arqueologia Social Inclusiva, na Fundação Casa Grande, em Nova Olinda-CE, constitui-se em uma prática formativa que fomenta o resgate da memória, das identidades e liga os sujeitos as culturas, a história, a geografia do lugar e os materiais tangíveis e intangíveis que compõem o campo da educação, construindo pertencimento através de uma pedagogia performática, numa relação entre currículo oculto, educação e cultura. O objetivo central da pesquisa foi analisar a Arqueologia Social Inclusiva como ferramenta de formação na Fundação Casa Grande em Nova Olinda – CE, bem como suas aproximações com as culturas, as identidades e o processo educativo não formal de crianças e adolescentes atendidas. Para tanto, fez-se necessário um diálogo de aporte teórico acerca dos significados da cultura, da educação, do currículo, da relação entre currículo e cultura e a construção das identidades. Desenvolveu-se uma pesquisa etnográfica, através de observação participante, com grupos focais e aplicação de questionários semiestruturados. Os dados foram processados por meio da análise de conteúdo, apresentados no percurso do texto, através de abordagem qualitativa. Concluiu-se que a Fundação Casa Grande possui um papel de protagonismo no Cariri em função de suas práticas educativas emancipatórias e de valorização da memória e das produções etnográficas, além de levar em consideração os pressupostos da Arqueologia Social Inclusiva como instrumento de formação do currículo não formal.
Downloads
Métricas
Referências
ARROYO, M. G. Currículo, território em disputa. 5. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2013.
AUGÉ, Marc. O antropólogo e o mundo global. Trad. Francisco Morás. Petrópolis, RJ: Vozes, 2014.
BARRETO, Cristiana. Arqueologia brasileira: uma perspectiva histórica e comparada. Revista do Museu de Arqueologia e Etnologia. Suplemento, 1999.
BERGER, P. L.; LUCKMANN, T. A construção social da realidade: tratado de sociologia do conhecimento por Peter L. Berger e Thomas Luckmann. 34. ed. Petrópolis: Vozes, 2012.
BRANDÃO, C. R. O que é educação. São Paulo: Brasiliense, 2007.
BRASIL.http://portal.iphan.gov.br/uploads/ckfinder/arquivos/Carta%20de%20Atenas%201931.pdf. . 2004. acesso em 20 de novembro de 2022.
BOURDIEU, P. O poder simbólico. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1989.
CANDAU, V. M. Didática crítica intercultural: aproximações. Petrópolis, RJ: Vozes, 2012.
DOMINGUES, J. M. Sociologia e modernidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2005.
FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. 17. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários a prática educativa. São Paulo, Brasil: Paz e Terra, 1997.
FUNARI, P. P. A.; FUNARI, R. S. Educação patrimonial: teoria e prática. In: SOARES, A. L. R.; KLAMT, S. C. (Org.) Educação patrimonial: teoria e prática. Santa Maria: Editora da UFMS, 2008, p. 11-21.
GEERTZ, C. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: LTC, 2008.
GIROUX, H. Pedagogia radical: Subsídios. São Paulo: Cortez, 1983.
HALL, S. A identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro: DP&A, 2006.
HALL, S. A centralidade da cultura: notas sobre as revoluções de nosso tempo. Educação e realidade, Porto Alegre, v. 22, n. 2, 1997.
JOSSO, Marie Christine. A transformação de si a partir da narração de histórias de vida. Educação, v. 30, n. 63, p. 413-438, 2007.
LIBÂNEO, J. C. Didática. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2013.
LIMAVERDE, R. Arqueologia social inclusiva: a Fundação Casa Grande e a gestão do patrimônio cultural da Chapada do Araripe. 2015. Tese (Doutorado em Arqueologia) – Universidade de Coimbra, Portugal, 2015.
MAGNANI, José Guilherme Cantor. Etnografia como prática e experiência. Horizontes antropológicos, v. 15, p. 129-156, 2009.
MATTOS, C. L. G. Etnografia e educação: conceitos e usos. Campina Grande: EDUEPB, 2011.
MOREIRA, A. F.; CANDAU, V. M. (orgs). Multiculturalismo: diferenças culturais e práticas pedagógicas. Petrópolis: Vozes, 2014.
OLIVEIRA, R. C. O trabalho do etnógrafo. Brasília: Editora Paralelo 15, 1998.
PEIRANO, M. A favor da etnografia. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1995.
SACRISTÃ, J. G. (org.) Saberes e incertezas sobre o currículo. Porto Alegre: Penso, 2013.
SILVA, T. T. Documentos de Identidade: uma introdução às teorias de currículo. 3. ed. São Paulo: Editora Autêntica, 2010.
SILVA, T. T. O currículo como fetiche: a poética e a política do texto curricular. Belo Horizonte: Autêntica, 2010.
SODRÉ, M. O terreiro e a cidade: a forma social do negro brasileira. Rio de Janeiro: Mauad X, 2019.
SOUSA, J. M. A etnografia ao serviço do currículo. In: FLÁVIO, A. et al. Globalização e (des)igualdades: os desafios curriculares. Braga: Universidade do Minho, 2007. p. 237-246.
TADEU, T. S.; MOREIRA, A. F. (orgs.). Currículo, cultura e sociedade. 12. ed. São Paulo: Cortez, 2013.
XIMENES. M. M. “Aqui, tudo se cria, nada se copia.”: um estudo etnográfico da ONG Fundação Casa Grande e a formação cultural de jovens moradores de Nova Olinda – CE. 2014. Dissertação (Mestrado em Comunicação) - Universidade Federal do Ceará, Instituto de Cultura e Arte, Fortaleza, 2014.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Revista Espaço do Currículo
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Ao submeter um artigo à Revista Espaço do Currículo (REC) e tê-lo aprovado, os autores concordam em ceder, sem remuneração, os seguintes direitos à Revista Espaço do Currículo: os direitos de primeira publicação e a permissão para que a REC redistribua esse artigo e seus metadados aos serviços de indexação e referência que seus editores julguem apropriados.