O PRECÁRIO MUNDO DO TRABALHO DOS CORTADORES DE CANA E SUA RELAÇÃO COM A ESCOLARIDADE

Autores

  • Fernanda Valeria do Nascimento Borba
  • Ângela Maria dos Santos
  • Edna Bertoldo

Resumo

O objetivo deste texto é analisar o precário mundo do trabalho do cortador de cana e sua relação com a baixa escolaridade, com base em pesquisa bibliográfica fundamentada na teoria de Marx, além de pesquisa de campo realizada em uma usina de médio porte no estado de Alagoas. A indústria canavieira do Estado de Alagoas, principal fonte geradora de riqueza, tem investido cada vez mais parte de seu capital em maquinaria. Contudo, verifica-se que a inserção da tecnologia no setor canavieiro no contexto da lógica capitalista não tem resultado em melhoria para os cortadores de cana; ao contrário, constata-se a elevação da exploração do trabalho dos trabalhadores, necessária para o aumento cada vez maior dos lucros, que é o objetivo principal do capital. O resultado disso é o desemprego de uma grande quantidade de trabalhadores que não têm acesso às condições mínimas de vida como saúde, educação, segurança, habitação e trabalho, expressando a fome, a violência e o rebaixamento dos salários. Mesmo aqueles trabalhadores que conseguem permanecer no canavial restam-lhes o trabalho precarizado, sem perspectivas de melhorar suas condições de vida, educação e trabalho. O trabalhador, após uma longa e exaustiva jornada diária de trabalhado, não encontra disposições físicas e mentais para frequentar uma sala de aula todos os dias e, aqueles poucos que buscam o estudo, mediante muito esforço, se deparam com uma escola tão precária quanto seu local de trabalho: os canaviais.

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Publicado

03.09.2012

Como Citar

BORBA, F. V. do N.; DOS SANTOS, Ângela M.; BERTOLDO, E. O PRECÁRIO MUNDO DO TRABALHO DOS CORTADORES DE CANA E SUA RELAÇÃO COM A ESCOLARIDADE. Revista Lugares de Educação, [S. l.], v. 2, n. 3, p. p. 65–77, 2012. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/index.php/rle/article/view/13634. Acesso em: 19 abr. 2024.