A importância de pensar currículo em ambientes em privação de liberdade

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.2359-7003.2024v33n1.68505

Palavras-chave:

Currículo, Socioeducação, Privação de Liberdade

Resumo

O presente trabalho, pretende entender como a temática do Currículo se apresenta em ambientes educacionais em privação de liberdade. Nesta escrita serão utilizados textos de autores, como Thomas S. Popkewitz e Michael Foucault. Com o auxílio de Willian Lazaretti da Conceição, autor do artigo “Escola e privação de liberdade: um diálogo em construção”, Jane Voigt e Dhuan Xavier com o trabalho “O currículo da educação de jovens e adultos em instituições penais: a percepção de professores” e “Educação integral no sistema socioeducativo: o currículo como redes de significações discursivas” por Rafael de Souza, Ângela Albino e Ana Cláudia Rodrigues, essa escrita busca demonstrar, através de trabalhos que conjugam as duas temáticas, como é imprescindível que as diversas áreas do conhecimento pensem em Currículo, entendendo que, por mais que seja um campo específico, não é possível desvencilhar essa temática em práticas e pensares educacionais cotidianos, mesmo que esses sejam realizados em perspectivas e ambientes diversos. Por fim, objetiva-se aqui, teorizar como os efeitos de refletir sobre os estudos curriculares foram positivos para o fazer pesquisa na socioeducação em privação de liberdade.

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Biografia do Autor

Ana Clara Peixoto, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Doutoranda em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Mestra em Educação (Linha de pesquisa Estado, Trabalho-Educação e Movimentos Sociais) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2023) Graduada em Produção Cultural pela Universidade Federal Fluminense (2020). Tem experiência na área de Ciências Sociais, Estudos de Gênero, raça e classe e Educação, com ênfase em na privação de liberdade de jovens e adolescentes. É Educadora popular da Rede Emancipa (Emancipa no DEGASE) desde 2019. Foi produtora do Grupo Teatral KRIADAKI - grupo composto por egressos do sistema prisional - (2019-2020) e desde 2019 é pesquisadora do PSV (Perceber sem ver) da Universidade Federal Fluminense, grupo de pesquisa e extensão que realiza oficinas e diálogos com pessoas cegas e de baixa visão. Também atua desde 2020 no Escrevivendo a liberdade - Grupo de pesquisa e extensão com parceria com a Universidade do Estado do Rio de Janeiro que se propõe a discutir leituras, remição de pena, desencarceramento e Escrevivências  e elaborar oficinas de escrita literária e leitura para adolescentes que estão em internação no DEGASE - RJ.

Rick J. Santos, Nassau Community College - SUNY

Possui graduação em Língua e Literaturas de Língua Inglesa - State University of New York/Binghamton (1994), Mestrado em Inglês e Educação - State University of New York/Binghamton (1996) e Doutorado em Literatura Comparada - State University of New York/Binghamton (2000). Tem pós-doutorado pela New York University (2009), University of Puerto Rico em Rio Piedras, Arizona State University e pelo National Endowment for the Humanities Institute. Atualmente é professor titular com "tenure" (estabilidade do vínculo de trabalho no sistema de ensino superior estadunidense) da State University of New York/Nassau College. Membro-fundador da ABEH - Associação Brasileira de Estudos da Homocultura. Experiência na área de Letras, com ênfase em Literaturas, principalmente nos seguintes temas: teoria queer, poesia, inclusão, estudos de gênero e literatura gay & lésbica, Literatura Norte Americana, Inglesa e Brasileira, Literatura Comparada e Estudos Identitários.

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Publicado

2024-05-24

Como Citar

PEIXOTO, A. C.; SANTOS, R. J. A importância de pensar currículo em ambientes em privação de liberdade. Revista Temas em Educação, [S. l.], v. 33, n. 1, p. e-rte331202445, 2024. DOI: 10.22478/ufpb.2359-7003.2024v33n1.68505. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/index.php/rteo/article/view/68505. Acesso em: 17 jun. 2024.

Edição

Seção

Quais juventudes querem os currículos? Quais currículos querem as juventudes?