Proposta curricular do Estado de São Paulo: retorno do discurso regulativo da tylerização na educação pública
DOI:
https://doi.org/10.15687/rec.v3i1.9099Resumo
O ensaio analisa como inovações e reformas educativas afetam a construção curricular na escola pública. Busca refletir se a Proposta Curricular do Estado de São Paulo preserva a autonomia e identidade das escolas; respeita seu projeto político-pedagógico, sem buscar homogeneizá-las; como altera o cotidiano escolar, o trabalho docente, as relações interpessoais e de poder. Parte do pressuposto de que ela adota princípios das reformas educacionais iniciadas em meados de 1990 mediante: adoção de currículos nacionais; introdução de mecanismos de mercado, gerando fragilização da representatividade da categoria docente e sua desprofissionalização; relativização do papel do estado; estímulo a parcerias público- privado, na gestão e financiamento do ensino e implantação de sistemas de avaliação externa; enquanto o discurso oficial prega descentralização; gestão democrática; participação da comunidade. Alguns princípios são recorrentes às reformas curriculares: ênfase na sociedade do conhecimento, pedagogia das competências e do aprender a aprender. Desse modo, entende-se que a proposta visa à homogeneização do conhecimento escolar e das práticas curriculares, encerrando a noção de currículo como produto. Considera que a recenticidade e relevância das medidas implantadas requererem pesquisa aprofundada, o que a autora iniciará em 2010.Downloads
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