SUMAK KAWSAY / SUMA QAMAÑA: HORIZONTES ALTERNATIVOS DE SOCIEDAD Y CULTURA DESDE LOS IMAGINARIOS DE LOS PUEBLOS INDÍGENAS ANDINOS

SUMAK KAWSAY / SUMA QAMAÑA: SOCIETY AND CULTURE ALTERNATIVE HORIZONS FROM THE IMAGINARY OF THE ANDEAN INDIGENOUS PEOPLES

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.2359-7003.2020v29n1.50868

Palavras-chave:

“Bom Viver”/Viver Bem”, Educação, Povos Indígenas, Equador-Bolívia

Resumo

A dinâmica sociopolítica da 'refundação dos Estados' vivenciada na  Bolívia e no Equador durante a primeira década dos século XXI atesta importantes transformações nas perspectivas educacionais. A partir de um paradigma alternativo ao modelo ocidental de desenvolvimento derivado do  imaginário de povos indígenas andinos – que no Equador é expresso como “Bom Viver” (Sumak Kawsay) e na Bolívia  como “Viver Bem” (Suma Q'amaña)- a educação adquiriu novos sentidos e funções. Esses pensamentos entraram no debate público e foram incorporados nas novas constituições do Equador (2008) e Bolívia (2009) e em suas politicas educacionais.  Este artigo enfoca as origens e fundamentos dessas concepções. Procuramos analisar seus significados e interpretações no debate sobre perspectivas decoloniais  na América Latina.

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Biografia do Autor

Carlos Crespo, CENAISE

Fiz minha formação universitária na década de 70 na área de filosofia e em nível de doutorado na linha de Filosofia Latino-americana. Com essa base, me aventurei profissionalmente na educação e complementei meus estudos no Brasil no nascente Mestrado em Ciências Sociais Aplicadas à Educação, na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Nos últimos anos obtive o título de Doutor em Educação em um programa Latino-americano de Políticas Públicas em Educação e Profissão Docente, na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Brasil.

Iniciei minha vida profissional nos Andes do Equador, na área de Educação Popular, Alternativa e Camponesa de Adultos com o uso do rádio, experiência que me levou à América Latina por alguns anos, acompanhando processos educacionais / comunicacionais e organizacionais. Ao mesmo tempo, durante uma década desenvolvi meu trabalho como professor de jovens dentro do sistema formal. Depois, na década de 90, a partir da cooperação internacional, prestava assistência técnica na problemática da infância e no aprimoramento de estratégias de aprendizagem na educação pública, principalmente no meio rural.

No campo da educação e do ensino da pós-graduação, minha pesquisa nos últimos anos girou em torno da formação em pesquisa educacional com professores, a partir de abordagens qualitativas de matriz fenomenológica e da incorporação de modalidades flexíveis. Na prática profissional tenho aplicado a pesquisa-ação e há algumas décadas a sistematização de experiências educacionais, promovendo o papel docente e apoiando a recuperação de seus conhecimentos.

Em minhas publicações tenho contribuído para a reflexão latino-americana sobre as "pedagogias descoloniais" e a pesquisa de novos significados e construção de novas modalidades de Educação numa perspectiva humanista universalista. Em cenários disputados e tempos de bifurcações históricas, tenho procurado resgatar horizontes alternativos de sociedade e cultura, a partir da contribuição do imaginário dos povos indígenas da AL, com o direcionamento da construção de políticas educacionais para o Bem Viver.

Bernardo Jefferson de Oliveira, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Me formei em Geografia, em 1983, na PUC do Rio. Motivado pelas discussões epistemológicas da área, vim, em 1985, fazer o mestrado em Filosofia aqui na UFMG, porque, naquela época, havia um grupo na FAFICH que Tratava-se de espaço urbano em uma abordagem fenomenológica, o que me pareceu muito interessante.

Porém, com o tempo, mudei de assunto e de orientação, tive o privilégio de ser “adotada” pela professora Sônia Viegas e, sob sua orientação, concluí meu mestrado em 1988, com a dissertação “A revolta em Albert Camus”, que foi publicado pela Booklink em 2001. (Eu já tinha um certificado de professor, emitido pelo Ministério da Marinha, que, embora não fosse nada acadêmico, acho que foi mais importante na minha formação).

Lecionei durante alguns anos no Universidade Federal de Ouro Preto e, desde 1994, trabalho no DECAE (Departamento de Ciências Aplicadas à Educação), aqui na FAE - UFMG, na área de Filosofia da Educação. Meu doutorado (1996-2000) também foi no Departamento de Filosofia da UFMG, com estágio de pesquisa no Departamento de História da Ciência da Universidade de Harvard, em 1997 e 1998. A pesquisa desenvolvida foi sobre o discurso da legitimação da ciência moderna, articulada por Bacon no início do século XVII. Minha tese, Francis Bacon e os fundamentos da ciência como tecnologia, foi orientada pelos professores José Raimundo Maia Neto e Newton Bignotto e foi publicada pelo Editorial da UFMG em 2002. (Se quiser algumas resenhas sobre este livro, clique aqui).

Como duplicação da tese, tenho direcionado meus estudos sobre o processo histórico de divulgação da ciência, os valores a ela associados, seu discurso, seus procedimentos e expectativas. Na história da ciência, estou especialmente interessado na divulgação da ciência como um modelo cognitivo. Significa, procuro compreender como, ao longo da história moderna e contemporânea, diferentes modelos de cientificidade e expectativas sobre o desenvolvimento científico e tecnológico vêm sendo disseminados e instituídos. Mais do que teorias, descobertas ou experimentos, trata-se de compreender seu impacto na cultura. Eu concebo este tema e abordo como um estudo da formação do imaginário científico. Uma formação que tem um sentido histórico, de algo que se constituiu e se transformou ao longo do tempo, e uma dimensão educativa, ou seja, um processo de ensino e aprendizagem em sentido amplo que inclui, além da escola, os meios de comunicação e os mecanismos de transmissão cultural. Dessa forma, acredito estar investigando uma importante interseção entre a história da ciência e a história da educação. Neste campo tenho desenvolvido e dirigido investigações temáticas de análise do imaginário científico na literatura utópica, ensaios filosóficos, filmes de ficção científica, em materiais didáticos, procurando compreender como expressam uma visão de um grupo e de um tempo e como essas expressões interagem no cultura em que estão inseridos. Portanto, tenho todo o interesse em pesquisas que contemplem a análise da difusão da autoridade da ciência, a construção de seus mitos, estereótipos, ou mesmo sua crítica nos movimentos sociais, nos processos de escolarização da ciência, em projetos internacionais de alfabetização científica, em programas de divulgação científica, em museus, em publicidade, etc.

Tanto o tema como a abordagem desta pesquisa são, sem dúvida, bastante interdisciplinares. Com base nisso, tenho procurado manter o diálogo e o vínculo com três diferentes grupos de pesquisa de nossa universidade (Grupo de Estudo e Pesquisa em História da Educação (http://www.fae.ufmg.br/gephe), o Grupo de Teoria e História da Ciência e Tecnologia (http://fafich.ufmg.br/~scientia) e a linha de pesquisa "História da Filosofia" do Departamento de Filosofia.

Na graduação em Pedagogia, dito, alternadamente, as disciplinas “Filosofia da Educação I e II” e, no programa de pós-graduação em Educação, tenho ministrado as disciplinas “Educação e conhecimento” e “Formação do imaginário científico”. (Caso deseje acessar os programas para Veja as abordagens, abordagens e bibliografia, clique aqui) Além disso, participo como docente do curso de especialização em História da Ciência.

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Publicado

2020-04-30

Como Citar

CRESPO, C.; JEFFERSON DE OLIVEIRA, B. . SUMAK KAWSAY / SUMA QAMAÑA: HORIZONTES ALTERNATIVOS DE SOCIEDAD Y CULTURA DESDE LOS IMAGINARIOS DE LOS PUEBLOS INDÍGENAS ANDINOS: SUMAK KAWSAY / SUMA QAMAÑA: SOCIETY AND CULTURE ALTERNATIVE HORIZONS FROM THE IMAGINARY OF THE ANDEAN INDIGENOUS PEOPLES. Revista Temas em Educação, [S. l.], v. 29, n. 1, 2020. DOI: 10.22478/ufpb.2359-7003.2020v29n1.50868. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rteo/article/view/50868. Acesso em: 18 dez. 2024.

Edição

Seção

ARTIGO DE REVISÃO