Desafios e potencialidades da agroecologia escolar no Assentamento Luiz Inácio Lula da Silva
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.2359-7003.2024v33n1.67594Palavras-chave:
Agroecologia. Agroecologia escolar. Assentamento de reforma agrária. Educação do Campo.Resumo
A Agroecologia compreende a mobilização de um conjunto de conhecimentos científicos e tradicionais, desde pelo menos meados dos anos 1990, como resistência ao modelo convencional de produção impulsionado pela Revolução Verde e a modernização conservadora do campo brasileiro, comprovando que é possível produzir alimentos saudáveis e suficientes para todos, sem agredir a natureza. Além disso, é considerada mais do que uma ciência ou uma etnociência, é vista como um modelo de construção de sociedade trazendo consigo a valorização dos povos que vivem no campo. Este trabalho buscou compreender as contribuições da agroecologia escolar na vida do assentamento Luiz Inácio Lula da Silva, Santa Cruz Cabrália, região Sul do estado da Bahia. A metodologia adotada foi qualitativa recorrendo-se a observação participante, bem como a realização de entrevistas semiestruturadas com assentados que participaram de processos de ensino e aprendizagem da agroecologia escolar. Notamos que a inserção da agroecologia no assentamento encontra-se em estágio de transição: o conceito não é mais desconhecido, os assentados reconhecem sua importância e parte deles usam os saberes agroecológicos no dia a dia. Além do mais, observamos que para a agroecologia ser efetiva nas práticas dos agricultores, é preciso investir em formações continuadas ofertadas pelo movimento social MST/escola e a comunidade.
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