COMPLICANDO A CONVERSA SOBRE EDUCAÇÃO AMBIENTAL E O CURRERE
Entre experiências vividas e o currículo escolar
DOI:
https://doi.org/10.15687/rec.v16i1.66126Palavras-chave:
Currículo, Experiências vividas, Educação AmbientalResumo
Diante das mudanças climáticas ou “mutação climática”, como Latour (2020) define, e do avanço da ideologia neoliberal sobre as próprias vidas individuais e coletivas, o presente trabalho tem como objetivo construir elos entre a teorização curricular de Pinar (2007, 2016) e a Educação Ambiental, entendida enquanto uma rede espaço-temporais de experiências e relações. Tais elos se fazem necessários a partir das ideologias burguesas (im)postas pelas políticas públicas curriculares deliberadas nos últimos anos, agenciando uma determinada visão sobre as relações entre seres humanos e não-humanos por meio da Educação Ambiental, a partir de visões conservadoras e de pouca contribuição para uma luta sistêmica. A partir das experiências vividas cotidianamente e das histórias de vida dos sujeitos do currículo (professoras, professores, alunas e alunos), espera-se complicar as conversas dentro de sala, permitindo assim que a Educação Ambiental seja produto da construção humana local, agindo sob a realidade de vida de cada localidade, levando em consideração as especificidades dos sujeitos, além de suas subjetividades que permeiam a escola e a cultura e história onde esses sujeitos estão inseridos.
Downloads
Métricas
Referências
BEI, A. Pequena coreografia do adeus. 1 ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2021.
CASTOR, K. G.; TRISTÃO, M. Gira mundos: A Educação Ambiental no mito e o mito na Educação Ambiental. REMEA - Revista Eletrônica do Mestrado em Educação Ambiental, [S. l.], v. 32, n. 1, p. 172–188, abr. 2015.
DIAS, G. F. Os quinze anos da educação ambiental no Brasil: um depoimento. Brasília: Em aberto, v. 10, n. 49, 1991.
KRENAK, A. Ideias para adiar o fim do mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.
LARROSA, J. Notas sobre a experiência e o saber da experiência. Revista Brasileira de Educação, n. 19, p. 20 – 169, jan/fev/mar/abr. 2002.
LARROSA, J. Tremores: escritos sobre experiência. 1 ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2022.
LATOUR, B. Onde aterrar? 1 ed. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2020.
LEMINSKI, P. Toda poesia: Paulo Leminski. 1 ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2013.
LOPES, A. C. MACEDO, E. William Pinar: para além da reconceptualização do campo do currículo. In: PINAR, W. Estudos curriculares: ensaios selecionados. 1 ed. São Paulo: Cortez Editora, 2016.
LOUREIRO, C. F. B. Premissas teóricas para uma educação ambiental transformadora. Rio Grande: Ambiente e Educação, v. 8, p. 37 - 54, 2003.
LOUREIRO, C. F. B. Trajetórias e fundamentos da educação ambiental. 3 ed. São Paulo: Cortez, 2009.
PINAR, W. A política de raça e gênero da reforma curricular contemporânea nos Estados Unidos. Currículo sem Fronteiras, v. 6, n. 2, p. 126-139, jul/dez. 2006.
PINAR, W. O que é a Teoria de Currículo? 1 ed. Porto: Porto Editora, 2007.
PINAR, W. A equivocada educação do público nos Estados Unidos. In: GARCIA, L; MOREIRA, A. F. B. Currículo na contemporaneidade: incertezas e desafios. 4 ed. São Paulo: Cortez Editora, 2012.
PINAR, W. Estudos curriculares: ensaios selecionados. São Paulo: Cortez Editora, 2016.
SUSSËKIND, M. L. Quem é… William F. Pinar? 1ª ed. Petrópolis, RJ: De Petrus et Alli, 2014. DOI: https://doi.org/10.22420/rde.v13i25.980.
SUSSËKIND, M. L. A BNCC e o “novo” Ensino Médio: reformas arrogantes, indolentes e malévolas. Retratos da Escola, v. 13, n. 25, p. 91-107, jan/mai. 2019.
TRISTÃO, M. Tecendo os fios da educação ambiental: o subjetivo e o coletivo, o pensado e o vivido. São Paulo: Educação e Pesquisa, v. 31, n. 2, p. 251-264, mai/ago. 2005.
TRISTÃO, M. A Educação Ambiental e a emergência de uma cultura sustentável no cenário da globalização. Florianópolis: Revista Interdisciplinar. INTERthesis, v. 9, n. 1, p. 207 – 222, jan/jul. 2012.
TRISTÃO, M. Uma abordagem filosófica da pesquisa em educação ambiental. Revista Brasileira de Educação, v. 18, n. 55, p. 847-1059, out/dez. 2013.
TRISTÃO, M. A Educação Ambiental e o pós-colonialismo. Cuabá: Revista Educação Pública. v. 23, n. 53/2, p. 473-489, maio/ago. 2014.
VEIGA-NETO, A. De geometrias, currículo e diferença. Educação & Sociedade, v. 23, n. 79, p. 163-186, ago. 2002. DOI: https://doi.org/10.1590/S0101-73302002000300009.
VIEIRAS, R. R.; TRISTÃO, M. A educação ambiental no cotidiano escolar: problematizando os espaçostempos de formação como processos de criação. Santa Maria: Educação, v. 41, n. 1, p. 159–170, 2016. DOI: 10.5902/1984644416129.
REIGOTA, M. O que é educação ambiental: primeiros passos. 1a ed. ebook. São Paulo: editora e livraria brasiliense, 2017.
REZENDE, F.; TRISTÃO, M; VIEIRAS, R. R. Educação Ambiental e complexidade: potencializando as relações. Belém: Revista COCAR, v. 11, n. 22, p. 285-302, jul/dez. 2017.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Revista Espaço do Currículo
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Ao submeter um artigo à Revista Espaço do Currículo (REC) e tê-lo aprovado, os autores concordam em ceder, sem remuneração, os seguintes direitos à Revista Espaço do Currículo: os direitos de primeira publicação e a permissão para que a REC redistribua esse artigo e seus metadados aos serviços de indexação e referência que seus editores julguem apropriados.