CURRICULUM, CULTURA Y ANCESTRALIDAD

el Proyecto Africanidades como presente enunciativo

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.15687/rec.v15i1.62867

Palabras clave:

Currículo, Cultura, Ascendencia Negra, Enunciação Cultural

Resumen

La Ley 10.639/2003 trajo nuevas perspectivas sobre la cultura y la ascendencia negra al campo del currículo, al cuestionar el monoculturalismo en los currículos y al reivindicar producciones curriculares multiculturales. Sin embargo, al resaltar una identidad negra ancestral, legislaciones, como el Currículo Mínimo del Estado de Río de Janeiro, la representan en una temporalidad como objeto epistemológico y metáfora de un determinado lenguaje. Un movimiento que delimita y restringe experiencias y concepciones de la negritud hoy, delineando una estirpe negra estática, oclusiva y única. Así, este artículo analiza, a través de la noción de currículo como enunciación cultural, de Bhabha (2014) y Macedo (2006a), cómo el Proyecto Africanidades, del Ciep Carolina María de Jesús, recrea, motivado por la referida legislación, en su producción curricular la ascendencia negra, introduciendo otras temporalidades culturales. Cuestionando las representaciones caricaturescas y estereotipadas de los negros, cristalizadas en los textos curriculares, se parte del siguiente problema: ¿cómo trabaja el Proyecto Africanidades con la ascendencia negra en el desempeño de su producción curricular? A través de entrevistas, bitácoras y principalmente observación participativa, se analiza y destaca que el Proyecto Africanidades trabaja con la temporalidad de la legislación, combinada con otras temporalidades performativas, reconfigurando la conceptualización de la ascendencia negra y el currículo en el desempeño de su producción curricular, reelaborando como cambiantes, contingentes y plurales.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Métricas

Cargando métricas ...

Biografía del autor/a

Luciane dos Silva, Departamento de Educación del Estado, Río de Janeiro, Brasil.

Doctora en Educación por la Universidad del Estado de Río de Janeiro y profesora de la Secretaría de Educación del Estado de Río de Janeiro.

Citas

ALMEIDA, Silvio Luiz de. Racismo estrutural. São Paulo, Pólen, 2019.

ALMEIDA, Marco. SANCHEZ, Lívia. Os negros na legislação educacional e educação formal no Brasil. Revista Eletrônica de Educação, v. 10, n. 2, p. 234-246, 2016.

BHABHA, Homi. O local da cultura. Belo Horizonte: UFMG, 2014.

BARRETO, Raquel. Uma pensadora brasileira. Revista Cult, 2019. Disponível em: https://revistacult.uol.com.br/home/lelia-gonzalez-perfil/. Acesso em: Mai. de 2020.

BRASIL. Lei n.o 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira", e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 10 jan. 2003a, p. 01. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/2003/L10.639.htm. Acesso em: 20 abr. 2022.

DERRIDA, Jaques. Margens da filosofia. Trad. de Joaquim Torres Costa e Antônio M. Magalhães. São Paulo: Papirus, 1991.

DERRIDA, Jaques. Posições. Belo Horizonte: Autêntica, 2001.

DERRIDA, Jaques. Expectros de Marx. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 1994.

DUARTE, Eduardo de Assis. O negro na literatura brasileira. Navegações, v. 6, n. 2, p. 146-153, jul./dez. 2013.

EAGLETON, Terry. Teoria da literatura. São Paulo, Martins Fontes, 2006.

FIORIN, José Luiz. As astúcias da enunciação. São Paulo: Ática, 1996.

FISCHER, Rosa Maria Bueno. Adolescência em discurso – mídia e produção de subjetividade. 1996. 297 f. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 1996.

FOUCAULT, Michel. A Arqueologia do saber. Rio de Janeiro: Forense, 1986.

GILROY, Paul. O Atlântico negro. Rio de Janeiro: Editora 34, 2001.

GOMES, Nilma Lino. O Movimento negro educador: saberes construídos nas lutas por emancipação. Petrópolis: Vozes, 2017.

GOMES, Nilma Lino. A compreensão da tensão regulação/emancipação do corpo e da corporeidade negra na reinvenção da resistência democrática. Revista Perseu, v.12, n. 17, p. 123-142, 2019.

GONDRA, José, SCHUELER, Alessandra. Educação, poder e sociedade no Império brasileiro. Rio de Janeiro: Cortez, 2008.

HALL, Stuart. A centralidade da cultura: notas sobre as revoluções culturais do nosso tempo. Educação e Realidade, Porto Alegre, n. 2, v. 22, p .5, 1997.

HAMPÂTÉ BÂ. “A tradição viva”. In: Ki-Zerbo, J. (Org.) História geral da África. Tradução de Beatriz Turquetti et al. Paris: UNESCO; São Paulo: Ática, 1982. p. 181-218.

LOPES, Alice Cassimiro. MACEDO, Elizabeth. Teorias de Currículo. Rio de Janeiro: Cortez, 2011.

MACEDO, Elizabeth. Currículo, cultura e diferença. In: Alicia de Alba; Alice Casimiro Lopes. (Org.). Diálogos curriculares entre Brasil e México. Rio de Janeiro: EDUERJ, 2014.

MACEDO, Elizabeth. Currículo como espaço-tempo de fronteira cultural. Revista Brasileira de Educação v. 11 n. 32 maio/ago. 2006a. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1413-24782006000200007. Acessado em: 23 de Out. de 2020.

MACEDO, Elizabeth. Por uma política da diferença. Cadernos de pesquisa, v. 36, n.128, p. 327-356, mai/ago. 2006b. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100- 15742006000200004&script=sci_abstract&tlng=pt. Acessado em: 22 de nove. de 2020.

MBEMBE, Achille. Por que julgamos que a diferença seja um problema? 2016. Disponível em: https://www.goethe.de/ins/br/pt/m/kul/sup/eps/20885952.html. Acesso em: 20 de nove. de 2020.

MUNANGA, Kabengele. As ambiguidades do racismo à brasileira. In: KON, Noemi Moritz; SILVA, Maria Lúcia da; ABUD, Cristiane Curi (Orgs.). O racismo e o negro no Brasil: questões para a psicanálise. 1ª ed. São Paulo: Perspectiva, 2017.

PEREIRA, Amauri Mendes. Do Movimento Negro À Cultura de Consciência Negra. Rio de Janeiro: Nandyala, 2007.

PETTER, Margarida. Por que estudar línguas africanas no Brasil? Extraprensa, São Paulo, v. 11, n. 2, p. 197 – 210, jan./jun. 2018.

RIO DE JANEIRO (cidade). Governo do Estado do Rio de Janeiro. Secretaria de Estado de Educação. Currículo mínimo – confira orientações. Rio de Janeiro: Secretaria de Estado de Educação, 2012. Disponível em: https://seeduconline.educa.rj.gov.br/curr%C3%ADculo-b%C3%A1sico . Acesso em: 22 mai. 2021.

SEGATO, Rita Laura. Raça é signo. Brasília: in Série Antropologia, n. 372, 2005.

SOUZA, Lynn Mario T. Menezes de. Hibridismo e tradução cultural em Bhabha. In: ABDALA JÚNIOR, Benjamin (org). Margens da cultura: mestiçagem, hibridismo & outras misturas. São Paulo: Boitempo Editorial, 2004. P. 113-133.

Publicado

2022-05-25

Cómo citar

SILVA, L. dos. CURRICULUM, CULTURA Y ANCESTRALIDAD: el Proyecto Africanidades como presente enunciativo . Revista Espacio del Curriculum, [S. l.], v. 15, n. 1, p. 1–18, 2022. DOI: 10.15687/rec.v15i1.62867. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/index.php/rec/article/view/62867. Acesso em: 16 jul. 2024.