EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: ENTRE VONTADES, DIREITOS E PROGRAMAS, O PENSAMENTO DE FREIRE SE (DES)FAZ

Autores

  • Isabelle de Luna Alencar Noronha
  • Maria Dulcinea da Silva Loureiro

DOI:

https://doi.org/10.15687/rec.v6i3.18979

Resumo

O analfabetismo de jovens e adultos continua a ser um problema ainda não resolvido em nosso país. A experiência histórica evidencia que as ações pautaram (e continuam a pautar-se) em campanhas e programas que objetivam a erradicação do analfabetismo, mas que não chegam ao cerne do problema e, portanto, não conseguem resolvê-lo. O presente artigo traz reflexões a cerca do pensamento pedagógico de Paulo Freire com o objetivo de refletir como práticas e programas de alfabetização de adultos se utilizaram do ideário de Freire para fundamentar seus pressupostos. Trata-se de uma reflexão teórico-prática, fundamenta-se teoricamente nos trabalhos de Gadotti (2010), Freire (1991; 1981; 2010), Romão (2006), Gauthier e Tardif (2010) dentre outros que pensam a educação com uma visão progressista. O texto está estruturado em dois momentos o primeiro trata historicamente a educação de jovens e adultos e no pensamento de Paulo Freire; o segundo apresenta duas propostas para a educação de jovens e adultos, o Projovem Urbano e o Programa Brasil Alfabetizado, mostrando como a concepção de Freire se apresenta de forma ambígua nos discursos, mas não se efetiva nos processos de formação e na elaboração dos projetos.