ENSINO DE CIÊNCIAS NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA: A IMPORTÂNCIA DOS RECURSOS DIDÁTICOS ADAPTADOS NA PRÁTICA PEDAGÓGICA

TEACHING OF SCIENCES IN THE PERSPECTIVE OF INCLUSIVE EDUCATION: IMPORTANCE OF TEACHING RESOURCES ADAPTED IN PEDAGOGICAL PRACTICE

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.2359-7003.2020v29n2.43584

Palavras-chave:

Inclusão escolar, Necessidades educacionais especiais, Mediação

Resumo

De acordo com a Constituição Federal de 1988, todos os alunos têm o direito de pertencer a uma mesma escola, inclusive aqueles que apresentam necessidades especiais. Entretanto, ainda hoje, no Brasil, há grandes entraves no que se refere à efetivação da inclusão escolar. A partir dessas inquietações, surgiu a necessidade de se discutir sobre o papel dos recursos didáticos adaptados para o ensino de Ciências na perspectiva da educação inclusiva. Deste modo, realizou-se uma revisão bibliográfica, tendo por base os aportes teóricos de Silva et al., (2014), Viveiro e Bego (2015), Santos e Duarte (2016), entre outros. Procedendo-se a este estudo, foi possível constatar que a inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais no ensino regular requer a utilização de estratégias, metodologias e recursos didático-pedagógicos que contribuam para uma aprendizagem efetiva. Os recursos didáticos no ensino inclusivo de Ciências podem facilitar a compreensão de diversos conteúdos, inclusive dos microscópicos e mais complexos. Para tanto, é fundamental considerar as singularidades dos alunos que compõem a turma inclusiva e utilizar de recursos que sejam capazes de suprir as carências dos alunos, sem distinção. Desde que utilizados adequadamente, eles podem tornar a aula mais atrativa, preencher lacunas do ensino tradicional e auxiliar o processo de construção de conhecimentos. Além disso, eles possibilitam maior interação e indicam o caminho para o rompimento das dinâmicas da segregação escolar. Assim, é essencial buscar constantemente novas formas de adaptação e apropriação dos recursos didáticos, de forma a viabilizar um processo inclusivo mais satisfatório.  

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Liliani Correia Siqueira Schinato, Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE

Mestre em Educação em Ciências e Educação Matemática pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE). Integrante do Grupo de Pesquisa em Formação de Professores de Ciências e Matemática (FOPECIM).

Dulce Maria Strieder, Universidade do Oeste do Paraná - UNIOESTE

Doutora em Educação pela Universidade Estadual de São Paulo (USP). Docente do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Educação da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE). Líder do Grupo de Pesquisa em Formação de Professores de Ciências e Matemática (FOPECIM).

Referências

ABC. Academia Brasileira de Ciências. O ensino de ciências e a educação básica: propostas para superar a crise. Rio de Janeiro: ABC, 2007.

BRASIL. Declaração de Salamanca: Sobre Princípios, Políticas e Práticas na Área das Necessidades Educativas Especiais. Brasília: MEC, 1994.

______. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: nº 9394/96. Brasília: MEC, 1996.

______. Parâmetros curriculares nacionais: Adaptações Curriculares. 1 ed. Brasília: MEC,1998.

______. Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Brasília: MEC,1998.

______. Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica. Brasília: MEC, 2001.

______. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília: MEC/SECADI, 2008.

______. Decreto nº 7.611, de 17 de novembro de 2011. Brasília: Casa Civil, 2011.

______. Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. 4.ed. Brasília: Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, 2011.

CARGNIN, A. B. C.; GONÇALVES, B.; STUPP, É. F. Os materiais didáticos na educação inclusiva: a importância dos materiais didáticos para a aprendizagem. Revista Maiêutica, v. 3, n. 1, p. 61-68, 2015.

CERQUEIRA, J. B.; FERREIRA, E. M. B. Os recursos didáticos na Educação Especial. Revista Benjamin Constant, Rio de Janeiro, v. 2, n. 15, p. 15-20, Dez. 2000.

CERVO, A. L.; BERVIAN, P. A. Metodologia científica: para uso dos estudantes universitários. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1983.

DUK, C. Educar na diversidade: material de formação docente. 3.ed. Brasília: MEC/SEESP, 2005.

JORGE, V. L. Recursos didáticos no Ensino de Ciências para alunos com deficiência visual no Instituto Benjamin Constant. 2010. 46f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciências Biológicas) – Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2010.

KUHN, I.; IACONO, J. P. Identificação das necessidades educacionais especiais de alunos da sala comum: o desafio da avaliação e as intervenções pedagógicas. Cadernos PDE, v. 1, n. 1, p. 1-20, 2014.

LAPLANE, A.L.F. Notas para uma análise dos discursos sobre inclusão escolar. In: GÓES, M.C.R.;Políticas e práticas de educação inclusiva. Campinas: Autores Associados, 2004. p. 5-20.

LIPPE, E. M. O.; CAMARGO, E. P de. O ensino de ciências e seus desafios para a inclusão: o papel do professor especialista. In: NARDI, R. (Org.) Ensino de ciências e matemática, I: temas sobre a formação de professores. São Paulo: Editora UNESP, 2009. p. 133-143.

MANCHINI, F. Procedimentos pedagógicos para favorecer a inclusão de alunos com deficiência intelectual no ensino regular: um estudo bibliográfico. 2014. 49f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Pedagogia) – Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2014.

MANTOAN, M. T. E. Inclusão escolar: O que é? Por quê? Como fazer?. São Paulo: Summus, 2015.

MARTINS, L. A. R. Reflexões sobre a formação de professores com vistas a educação inclusiva. In: MIRANDA, T. G.; GALVÃO FILHO, T. A. (Orgs.). O professor e a educação inclusiva: formação, práticas e lugares. Salvador: EDUFBA, 2012. p. 25-38.

NOBRE, S. A. O.; SILVA, F. R. Métodos e práticas do ensino de Biologia para jovens especiais na escola de ensino médio Liceu de Iguatu Dr. José Gondim, Iguatu/CE. Revista SBEnBIO, v. 1, n. 7, p. 2105-2116, 2014.

PAN, M. O direito à diferença: uma reflexão sobre deficiência intelectual e educação inclusiva. Curitiba: Editora InterSaberes, 2012.

REIS, E. S.; SILVA, L. P. O ensino das ciências naturais para alunos surdos: concepções e dificuldades dos professores da escola Aloysio Chaves – Concórdia/PA. Revista do EDICC, v. 1, n. 1, p. 240-249, Out. 2012.

SANTOS, L. A. J dos.; DUARTE, A. C. S. A inclusão escolar no ensino de ciências – uma discussão das concepções dos professores na formação continuada. Educon, v. 10, n. 01, p.1-14, Set. 2016.

SAVIANI, D. História das ideias pedagógicas no Brasil. 3.ed. Campinas: Autores associados, 2010.

SILVA, T. S.; LANDIM, M. F.; SOUZA, V. R. M. A utilização de recursos didáticos no processo de ensino e aprendizagem de ciências de alunos com deficiência visual. Revista Electrónica de Enseñanza de las Ciencias, v. 13, n. 1, p. 32-47, 2014.

SOUZA, S. E. O uso de recursos didáticos no ensino escolar. In: I ENCONTRO DE PESQUISA EM EDUCAÇAO, 2., 2007, Maringá. Anais... Maringá: UEM, 2007. p. 110-114.

STUBBS, S. Educação Inclusiva: onde existem poucos recursos. Manchester: Editora The Atlas Alliance, 2008.

TESSARO, N. S. Inclusão escolar: concepções de professores e alunos da educação regular e especial. São Paulo: Casa do psicólogo, 2011.

VIVEIRO, A. A.; BEGO, A. M. O ensino de ciências no contexto da educação inclusiva: diferentes matizes de um mesmo desafio. Jundiaí: Paco editorial, 2015.

Downloads

Publicado

2020-05-27

Como Citar

CORREIA SIQUEIRA SCHINATO, L.; STRIEDER, D. M. ENSINO DE CIÊNCIAS NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA: A IMPORTÂNCIA DOS RECURSOS DIDÁTICOS ADAPTADOS NA PRÁTICA PEDAGÓGICA: TEACHING OF SCIENCES IN THE PERSPECTIVE OF INCLUSIVE EDUCATION: IMPORTANCE OF TEACHING RESOURCES ADAPTED IN PEDAGOGICAL PRACTICE . Revista Temas em Educação, [S. l.], v. 29, n. 2, 2020. DOI: 10.22478/ufpb.2359-7003.2020v29n2.43584. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/index.php/rteo/article/view/43584. Acesso em: 27 nov. 2024.

Edição

Seção

ARTIGO DE REVISÃO