EU SOU PRETA, MINHA BOCA É MARROM... SOU IGUAL Á PRETINHA DA HISTÓRIA!
DOI:
https://doi.org/10.15687/rec.v15i1.62874Palavras-chave:
Negritude, Literatura infantil, Prática antirracistaResumo
O artigo traz reflexões sobre a produção, no cotidiano da educação infantil, de práticas pedagógicas articuladas à pedagogia antirracista. Sua referência está em uma pesquisa qualitativa, com o cotidiano escolar, envolvendo a experiência de uma de suas autoras, em seu processo de formação como professora pesquisadora, exercendo a docência numa instituição de educação infantil, vinculada a uma rede pública municipal. O artigo se desenha a partir da memória da professora e alguns de seus registros do vivido, especialmente com uma criança negra deste grupo, ao propor-se a articular literatura infantil e encontro com a negritude. O desenvolvimento da pesquisa percorre o racismo, como produção social que alimenta a desigualdade e fere as crianças e suas infâncias; sua problematização, como aspecto relevante da educação infantil; e seu enfrentamento, como processo que conduz ao exercício da pedagogia antirracista, imperioso no movimento de produção da educação libertadora. Suas conclusões ressaltam a potência da literatura infantil para mobilizar reflexão, diálogo e encontro com a negritude como afirmação do direito à diferença.
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