FORMAÇÃO INICIAL EM DEBATE

articulações discursivas em torno do Parecer CNE/CP 22/2019

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15687/rec.v15i2.64118

Palavras-chave:

Formação Inicial docente, Parecer CNE/CP 22/2019, Articulações discursivas

Resumo

Neste escopo objetivamos contribuir com a leitura, interpretação, tradução e significação do Parecer CNE/CP 22/2019, que define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial de Professores para a Educação Básica e institui a Base Nacional Comum para a Formação Inicial de Professores da Educação Básica (BNC-Formação). Buscamos compreender a política, expressa em texto, identificando discursos que se hegemonizaram na produção desse texto normativo. Abordamos tais questões com base em estudos de Ball que nos possibilitam pensarmos espaços para as traduções e interpretações dos sujeitos, somada às contribuições da teoria do discurso de Ernesto Laclau a partir das noções de hegemonia, demandas, precariedade e contingências. Defendemos que as políticas curriculares supracitadas podem ser defendidas numa perspectiva pós-estrutural, como uma luta por significação que busca, constantemente, uma definição do que vem a ser a melhor formação para o professorado na tentativa de fixar sentidos para a categoria. Consideramos que o texto normativo do Parecer CNE/CP nº. 22/2019, enquanto se apresenta como tentativas de fechamento e fixação dos sentidos em torno da formação inicial docente, é um discurso que, embora tenha se hegemonizado, tende a perder força frente às demandas, que são contextuais e também frente às precariedades e contingências. Mediante a infinitude de possibilidades de significação presentes nas articulações políticas, por meio do Parecer CNE/CP no. 22/2019, ainda que tida como “certa” de vigorar e reger o controle de ações e decisões educacionais, não está dada, nem seguramente consolidada e destinada a uma implementação pretensamente bem sucedida.

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Biografia do Autor

Neylanne Aracelli de Almeida Pimenta, Universidade do Estado do Amazonas, Brasil.

Doutora em Educação pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro e professora da  Universidade do Estado do Amazonas.

Paula Eduarda das Dores de Souza Lima, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.

Mestre em Educação pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro e doutoranda na mesma instituição.

 

Márcia Betânia de Oliveira, Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, Brasil.

Doutora em Educação pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro e professora da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte.

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Publicado

15-10-2022

Como Citar

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