DANÇA E POLÍTICA NA ENCRUZILHADA FLORESTA-FAVELA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.46906/caos.n26.57219.p140-159

Palavras-chave:

Dança, Política, Favela, Necropolítica

Resumo

O presente artigo pretende refletir sobre a linguagem da dança como fenômeno social, estabelecendo análises a partir da obra Para que o céu não caia, da Cia Lia Rodrigues, do Complexo de Favelas da Maré (RJ).  Inspirado na obra A queda do céu, de Davi Kopenawa e Bruce Albert, o espetáculo atua na transposição da encruzilhada de vulnerabilidades no eixo floresta-favela, para “segurar o céu” e não sucumbir às adversidades, situando a arte enquanto figuração da resistência. Assim, o presente trabalho busca estabelecer alguns diálogos teóricos com os conceitos de necropolítica (MBEMBE, 2018), poder simbólico (BOURDIEU, 1989), risco (BECK, 2011) e experiência (BONDIÁ, 2002), no sentido de compreender as aproximações entre arte e política em uma criação na dança.

     

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Biografia do Autor

Hugo César da Silva Ledo, Universidade de São Paulo (USP)

Graduado em Letras (bacharelado e licenciatura) em 2019, na área de língua portuguesa e suas respectivas literaturas pela Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo/Brasil. Realizou o trabalho final de graduação intitulado A representação da velhice na obra cinematográfica Le Voyage en Arménie de Robert Guédiguian (2019). Foi bolsista no Programa Unificado de Bolsas pela Faculdade de Educação da USP, no projeto especial de estágio em Heliópolis na educação pública (literatura e escrita) durante 2018-2019. Também atuou como bolsista da Secretaria de Educação da Prefeitura de São Paulo, no Programa Parceiros da Aprendizagem. Integrou o Núcleo de Investigação Teatral da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, cujo processo desencadeou trabalho sobre performance por meio de inspirações da obra e biografia de Franz Kafka, com apresentação no Centro Universitário Maria Antônia — no espetáculo: (A)parte da vez: realidades incendiárias — durante a 1ª Bienal Internacional de Teatro da Universidade de São Paulo (2013). No mesmo núcleo e no mesmo ano, integrou e atuou durante o processo de experimentação teatral Experimento K na USP. ID Lattes: 4806530836426223.

 

Angelita Alves Gonçalves, Universidade de São Paulo (USP)

Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Educação da USP/Brasil. Atua em pesquisa financiada pela CAPES, cujo tema volta-se para a educação popular dentro do teatro popular paulistano. Licenciada em Pedagogia pela USP, e em Técnica em Artes Cênicas pelo Instituto Paula Souza(ETEC)/Brasil. Foi bolsista de graduação no Programa Unificado de Bolsa (USP) com o projeto: "Especial de Estágio Curricular Heliópolis”, além de iniciação cientifica com os projetos: "Percorrendo as narrativas orais e saberes populares compartilhados durante as formações do movimento de dramaturgia rural"; “Do silêncio à sonoridade, do requinte ao popular: práticas artísticas, sonoras e dramatúrgicas, nos 'palcos' da Praça da Sé e Avenida Paulista", na área de Antropologia Urbana. Apresenta formação complementar nos seguintes cursos: Educação libertária: aspectos históricos, teóricos e práticos (USP – 30 horas); Formação de educadores populares (Instituto Paulo Freire – 20 horas); Africanidade e afrobrasilidades: corpo, pensamento e cultura (USP – 40 horas); A cidade vivenciada (USP – 40 horas); Práticas de dança contemporânea e decolonialidade (USP – 30 horas). Participei da organização do curso de Aperfeiçoamento em Movimentos Sociais e Crises Contemporâneas (UNESP-200 horas). ID Lattes: 5620683710671857.

 

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Publicado

2021-06-12

Edição

Seção

DOSSIÊ POÉTICAS POLÍTICAS AFRODIASPÓRICAS: abordagens interdisciplinares