MILITARES NO GOVERNO BOLSONARO: tutela à democracia brasileira?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.46906/caos.n26.57873.p291-309

Palavras-chave:

Exército, Tutela, República, Democracia

Resumo

Este artigo visa analisar as motivações da forte participação política do Exército no governo Bolsonaro e sua tutela em relação à democracia brasileira entre os anos de 2013-2018, concretamente, como chegamos ao governo com o maior número de militares da história. Para tanto, necessário se faz um resgate histórico sobre a formação do Estado brasileiro e das atuais condições normativas que permitem que os militares ainda almejem ser o "poder moderador" da República. Em um primeiro momento, veremos como em vários momentos da vida política brasileira as Forças Militares foram sujeitos ativos das transformações sociais no Brasil. Em uma segunda parte, de forma crítica, utilizaremos conceitos desenvolvidos por Florestan Fernandes para compreendermos elementos fundantes da República. Finalmente, após esse resgate histórico e análise crítica da República, a partir de um estudo de caso da situação brasileira, veremos como no período recente escolhido, o papel do Exército é central para a crise institucional que vivenciamos, suas premissas e seus efeitos em relação à democracia brasileira. Concluiu-se que há uma tutela por parte do Exército para com a República, e que esse fenômeno dificulta a cultura democrática brasileira, e encontra raízes em nossa própria formação histórica.

 

   

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Biografia do Autor

Antonio Alves de Vasconcelos Filho, Universidade Federal da Paraíba

Mestrando em Ciência Política e Relações Internacionais e bacharel em Ciências Jurídicas, ambos pela UFPB/Brasil. Pesquisador bolsista financiado pela CAPES. ID Lattes: 6537666309172186.

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Publicado

2021-06-12