PENSANDO A ANTROPOLOGIA NO CAMPO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS: reflexões sobre a extinção do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional

Autores

DOI:

https://doi.org/10.46906/caos.n29.62773.p162-179

Palavras-chave:

CONSEA, segurança alimentar, necropolítica, antropologia das políticas públicas

Resumo

O presente artigo propõe discutir os cenários de emergência e extinção do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA), refletindo sobre os contextos políticos, econômicos e socioculturais envolvidos nesses processos. Pensando sobre o que dizem os contextos político e sanitário em que vivemos no Brasil atual, especialmente com a eclosão da pandemia da Covid-19, sobre a extinção de políticas sociais e democráticas comprovadamente exitosas e sobre a instituição de necropolíticas que criam mundos de morte para grupos sociais específicos. Para tanto, fizemos uma pesquisa de cunho bibliográfico, utilizando fontes secundárias, artigos e documentos sobre a temática que se encontravam disponíveis nas seguintes bases de dados: Periódicos CAPES, Google Scholar e SciELO. Como resultado identificamos um cenário de volta do Brasil ao Mapa da Fome, o que aponta para a institucionalização da Insegurança Alimentar e Nutricional (IAN), em função da ingerência do Estado brasileiro frente a essa realidade e dos ataques que têm sido feitos a órgãos que atuavam no combate à fome e às desigualdades sociais, como era o caso do CONSEA.

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Biografia do Autor

Nádja Silva dos Santos, Universidade Federal da Paraíba (UFPB)

Mestranda em Antropologia pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia da Universidade Federal da Paraíba (PPGA/UFPB) e formada em Ciências Sociais pela mesma instituição. Atualmente compõe o Grupo de Pesquisa em Saúde, Sociedade e Cultura (GRUPESSC) e o projeto "Estado, populações e políticas locais no enfrentamento à pandemia de Covid-19: análise social e diretrizes de ação e intervenção não farmacológica em populações em situação de vulnerabilidade e precariedade social". Tendo como principais áreas de interesse Antropologia da Saúde, Antropologia da Alimentação e Antropologia das Políticas Públicas. Currículo Lattes.

Maristela Oliveira de Andrade, Universidade Federal da Paraíba (UFPB)

Possui graduação em Psicologia pela Universidade Católica de Pernambuco (1978), especialização em Antropologia Cultural (UFPE) (1984) e doutorado em Étude Latino-Americaine/ Anthropossociologie des Religions – Institut de Hautes Études de l'Amérique Latine – IHEAL, Universite de Paris III (Sorbonne-Nouvelle) (1983). É professora titular aposentada da Universidade Federal da Paraíba. Criou o Grupo Interdisciplinar de Pesquisa em Cultura, Sociedade e Ambiente (2012), do qual é coordenadora adjunta. Atua principalmente nos seguintes temas: território, populações tradicionais, desenvolvimento e meio ambiente, bem como no campo da religião e religiosidades, movimentos religiosos contemporâneos. Currículo Lattes.

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Publicado

2022-12-08

Edição

Seção

DOSSIÊ ANTROPOLOGIA E POLÍTICAS PÚBLICAS: CONFLUÊNCIAS EPISTÊMICAS

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