A INVENÇÃO DA ESQUIZOANÁLISE POR GILLES DELEUZE E FÉLIX GUATTARI E ALGUMAS PROBLEMATIZAÇÕES PARA A EDUCAÇÃO

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15687/rec.v16i3.68493

Palavras-chave:

Esquizoanálise, Esperimentação, Educação

Resumo

Este texto se propõe a examinar a invenção da esquizoanálise, de Gilles Deleuze e Félix Guattari e algumas contribuições para a Educação. Para tal discute os conceitos de máquinas desejantes e de Corpo Sem órgãos, presentes no livro O Anti Édipo. O conceito de máquina é usado para evidenciar o maquínico e não se refere ao não humano, tecnológico, mas à produção, às engrenagens que sustentam a realidade. As máquinas desejantes se associam ao conceito de Corpo Sem Órgãos, corporeidade que não pertence a um sujeito, mas sim é atravessada por uma vitalidade intensiva e conectiva. Esse pensamento sustenta a complexidade e a processualidade da realidade se deslocando do domínio da representação para o domínio da experimentação. Altera ainda a forma de abordar a subjetividade, não em sua interioridade, mas a partir das relações que são estabelecidas e seus efeitos. Ao final do artigo, é desenvolvida uma discussão a respeito da Educação e de como a esquizoanálise pode ser uma maneira de pensar a invenção e a resistência em diferentes processos de aprendizagem.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Eduardo Simonini, Universidade Federal de Viçosa, Brasil.

Doutor em Educação pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro e Professor na Universidade Federal de Viçosa.

Roberta Romagnoli, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Brasil.

Doutora em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e Professora da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. 

Referências

ANDOKA, Florence. Machine désirante et subjectivité dans l’Anti-Œdipe de Deleuze et Guattari. Philosophique, 15, 85-94, 2012. DOI: 10.4000/philosophique.659 DOI: https://doi.org/10.4000/philosophique.659

ANDOKA, Florence. Qu´est-ce qu´un corps sans organes? Philosophique, 16, 85-94, 2013. DOI: 10.4000/philosophique.838 DOI: https://doi.org/10.4000/philosophique.838

ARTAUD, Antonin. Para acabar com o juízo de Deus. 1947 Recuperado de http://www.questaodecritica.com.br/2010/03/a-nocao-de-corpo-sem-orgaos-em-artaud-e-no-teatro-da-crueldade

BARNES, Julian. Altos voos e quedas livres. Rio de Janeiro: Rocco, 2014.

BERGSON, Henry. O pensamento e o movente. São Paulo: Martins Fontes, 2006.

BERGSON, Henry. A evolução criadora. São Paulo: Unesp, 2010.

BOUISSAC, Paul. Saussure: um guia para os perplexos. Petrópolis: Vozes/Brasiliense, 2012.

CARVALHO, Jairo Dias. A imanência, apresentação de um roteiro de estudo sobre Gilles Deleuze. Trans/Form/Ação, 28(1), 119-132, 2005. DOI: 10.1590/S0101-31732005000100007 DOI: https://doi.org/10.1590/S0101-31732005000100007

DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. O Anti-Édipo: capitalismo e esquizofrenia. Rio de Janeiro: Ed. 34., 2010.

DELEUZE, Gilles. Anti-Œdipe et Mille Plateaux: cours du 15/02/1972 [Weblog]. Recuperado de https://www.webdeleuze.com/textes/156

DELEUZE, Gilles. O atual e o virtual. In: ALLIEZ, Éric. Deleuze filosofia virtual. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1996.

DELEUZE, Gilles. Lógica do sentido. São Paulo: Perspectiva, 1998.

DELEUZE, Gilles. Bergsonismo. São Paulo: Ed. 34, 1999.

DELEUZE, Gilles. Diferença e repetição. Rio de Janeiro: Graal, 2006 a.

DELEUZE, Gilles. A ilha deserta e outros textos. São Paulo: Iluminuras, 2006 b.

DINIS, Nilson Fernandes. A esquizoanálise: um olhar oblíquo sobre corpos, gêneros e sexualidades. Sociedade e Cultura, 11(2), 355-361, 2008. DOI: 10.5216/sec.v11i2.5293. DOI: https://doi.org/10.5216/sec.v11i2.5293

DOSSE, François. Deleuze e Guattari: biografia cruzada. Porto Alegre: Artmed, 2010.

GUATTARI, Félix. Revolução molecular: pulsações políticas do desejo. São Paulo: Brasiliense, 1985.

GUATTARi, Félix. Entrevista. In: GUATTARI, Félix; LAPASSADE, Georges; LOURAU, Rene; MENDEL, Gerard; ARDOINO, Jacques. La intervención institucional. México: Plaza y Valdés, 1987.

GUATTARi, Félix. Caosmose: um novo paradigma estético. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1992.

GUATTARi, Félix. The Anti-Oedipus papers. New York: Semiotext(e), 2006.

GUATTARi, Félix. Confrontações. São Paulo: n-1, 2016. DOI: https://doi.org/10.5171/2015.620549

PELBART, Peter Pal. Subjetividade Esquizo. In: PELBART, Peter Pal. A vertigem por um fio: políticas da subjetividade contemporânea. São Paulo, SP: Iluminuras,2000.

ROUDINESCO, Élisabeth. Genealogias. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 1995.

ROUDINESCO, Élisabeth. Jacques Lacan: esboço de uma vida, história de um sistema de pensamento. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.

SAUVAGNARGUES, Anne. Un cavalier schizo-analytique sur le plateau du jeu d’échecs politique. Multitudes, 34(3), 22-29, 2008. DOI: 10.3917/mult.034.0030 DOI: https://doi.org/10.3917/mult.034.0030

SILVA, Rafael Bianchi; CARVALHAES, Flávia Fernandes de. Psicologia e políticas públicas: impasses e reinvenções. Psicologia & Sociedade, 28(2), 247-256, 2016. DOI: 10.1590/1807-03102016v28n2p247 DOI: https://doi.org/10.1590/1807-03102016v28n2p247

Downloads

Publicado

18-12-2023

Como Citar

SIMONINI, E.; ROMAGNOLI, R. A INVENÇÃO DA ESQUIZOANÁLISE POR GILLES DELEUZE E FÉLIX GUATTARI E ALGUMAS PROBLEMATIZAÇÕES PARA A EDUCAÇÃO. Revista Espaço do Currículo, [S. l.], v. 16, n. 3, p. 1–15, 2023. DOI: 10.15687/rec.v16i3.68493. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/index.php/rec/article/view/68493. Acesso em: 28 abr. 2024.