PESQUISA, FORMAÇÃO E EMANCIPAÇÃO
reflexões a partir de uma experiência
DOI:
https://doi.org/10.15687/rec.v18i1.72325Palavras-chave:
Formação Docente, Pesquisa-ação, Currículo, AutonomiaResumo
Pode um exercício de pesquisa configurar emancipação? Sim, pode. Esta é a conclusão a que chegam as autoras deste artigo. Para expor o raciocínio que conduziu a esta conclusão, as autoras descrevem a realização de uma pesquisa-ação; desenvolvem reflexões sobre algumas implicações entre experiência de pesquisa e formação docente; e destacam elementos do processo de emancipação de uma professora, no contexto de formação, em um programa de Pós-graduação stricto sensu. O objetivo é pôr em debate a possibilidade de emancipação e dar visibilidade a uma experiência de pesquisa de uma professora, enxergando-a como visceralmente articulada à formação docente. As descrições, reflexões e destaques se encontram consubstanciados, fundamentalmente, pelas noções de experiência (Henning, 2019; Bondía, 2002), de formação (Monteiro, 2019; 2020) e de autonomia docente (Freire, 1987; 1996), chamando a atenção para a problematização, para a indignação, para o estudo sistemático, para o exercício da reflexão e para as relações horizontais e coletivas, entendidas como decisivas ao processo de emancipação. Ao final, as autoras situam a emancipação, no exercício constante, cotidiano e socialmente referenciado, do trabalho docente, sendo este articulado à formação e à pesquisa. A experiência de pesquisa problematizada e analisada pelas autoras foi apresentada no Painel 5 - Invenções Curriculares para/na Educação do Campo, no XI Colóquio Internacional de Políticas Curriculares, VII Seminário Nacional do Grupo de Pesquisa e Práticas Educacionais e IV Simpósio Curricular Regional Nordeste.
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