Se é educação, por que tem que ser inclusiva?

A inclusão de pessoas com deficiência e necessidade no Ensino Superior

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.2359-7003.2025v34n1.71317

Palavras-chave:

Educação especial. Ensino superior. Pessoa com Necessidade Específica. Políticas de Inclusão.

Resumo

Este artigo aborda a questão "Se é educação, por que tem que ser inclusiva?", focando na inclusão de pessoas com deficiência e necessidades específicas. O eixo central do estudo problematiza o acesso e a permanência das pessoas com deficiência no ensino superior, além de discutir concepções de educação inclusiva à luz da Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146/2015). O artigo defende a nomenclatura "pessoa com necessidade específicas" para designar o público-alvo das políticas inclusivas, oferecendo justificativas técnicas, teóricas e políticas para os processos de inclusão e permanência desses indivíduos na educação superior. A metodologia utilizada foi uma revisão de literatura, abrangendo produções científicas publicadas entre 2016 e 2020. Esse recorte temporal permite uma análise teórica e crítica das produções que tratam da problemática da Educação Inclusiva no ensino superior, especialmente em universidades comunitárias. O estudo evidencia os principais desafios e avanços na implementação de políticas inclusivas, ressaltando a importância de garantir condições adequadas para a inclusão e a permanência das pessoas com deficiência nas instituições de ensino superior brasileiras

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Biografia do Autor

Ruan Carlos Sansone, Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)

Mestrando em Diversidade Cultural e Inclusão Social pela Universidade Feevale. Pedagogo pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). Bolsista PROSUC/CAPES. Especialista em Orientação Educacional: Práticas e Conexões com a Atualidade, pela Universidade La Salle e em Educação Inclusiva pela Faculdade Dom Alberto. Psicopedagogo pela Faculdade UNIMINAS e Especialista em Gestão da Diversidade nas Organizações pela Faculdade UNISE. Suas pesquisas articulam os estudos de Gênero, Sexualidade, Políticas afirmativas, aos processos de exclusão, inclusão no Ensino Superior. Ruan Carlos, é responsável pelas questões pedagógicas do Núcleo de Atenção ao Estudante (NAE), na Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). É membro do Grupo de Pesquisas "ESTUDOS, PESQUISAS E PRÁTICAS EM EDUCAÇÃO NÃO ESCOLAR", da Universidade Feevale. Atualmente é coordenador do Grupo Temático (GT) - Diversidade e Inclusão Social ligado à Rede Colaborativa em Ações de Apoio Discente (RECOAAD), do Consórcio das Universidades Comunitárias Gaúchas (COMUNG).

Dinora Tereza Zucchetti, UNIVERSIDADE FEEVALE

Doutora em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Professora titular da Universidade Feevale no Programa de Pós-Graduação em Diversidade Cultural e Inclusão Social. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Políticas Públicas, Educação no Campo Social e Educação e Trabalho, atuando principalmente nos seguintes temas: educação não escolar, educação em tempo integral e formação de educadores. . Líder do Grupo de Pesquisa (CNPq) Estudos, Pesquisas e Praticas em Educação Não Escolar na perspectiva da Educação Integral.

Rosemari Lorenz Martin, UNIVERSIDADE FEEVALE

Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível 2, Doutora em Letras (PUC/RS), pesquisadora e professora permanente do Programa de Pós-Graduação em Diversidade Cultural e Inclusão Social.

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Publicado

2025-01-31

Como Citar

SANSONE, R. C.; ZUCCHETTI, D. T.; MARTIN, R. L. Se é educação, por que tem que ser inclusiva? : A inclusão de pessoas com deficiência e necessidade no Ensino Superior. Revista Temas em Educação, [S. l.], v. 34, n. 1, p. e-rte341202515, 2025. DOI: 10.22478/ufpb.2359-7003.2025v34n1.71317. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/index.php/rteo/article/view/71317. Acesso em: 20 abr. 2025.

Edição

Seção

Dossiê "DIVERSIDADE, PRÁTICAS PEDAGÓGICAS E FORMAÇÃO DOCENTE NA EDUCAÇÃO PROFISS

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