The rural in history teaching:

curriculum, antiquity and global histories

Authors

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.2317-6725.2024v29n50.69250

Keywords:

Curriculum, Antiquity, Agrarian History, Global History

Abstract

The purpose of this work is to deal with the presence in History Teaching of the themes, historical subjects and social processes localized in rural spatialities and defined by agrarian activities, showing how and why Ancient History offers a privileged position for thinking about this presence. When analyzing the concepts or “rural” and “agrarian” in the official documents that compose and instruct the Brazilian History Curriculum, this article focuses on their manifestations in objects of knowledge from Antiquity and, to a lesser extent, from other temporalities. The article approaches the relation between the concept of “rural” and Historical Education by dealing with two different questions. The first one concerns the place of the “rural” in the Brazilian History curriculum I examine that issue by analyzing how the Brazilian National Curricular Parameters (from the 1990s – PCNs) and the more recent Common National Curricular Base (2016 – BNCC) present this concept. The second question arises from the hypothesis that the concept of rural articulates local and global experiences of “rurality”, which has several implications for the objects of knowledge related to Ancient History. In the concluding observations, the article reflects on such articulation by reflecting on the impacts of the New Global History (as a development of the Spatial Turn) on the investigation of Ancient Societies and the possibilities that this creates for teaching History.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

Uiran Gebara Silva, Universidade Federal Rural de Pernambuco

Professor de História Antiga do Departamento de História e membro da Linha Terra, Trabalho e Poder do Programa de Pós-Graduação em História da UFRPE.

References

ALVIM, Y. C.; VELASCO, D. B. Conhecimento escolar e currículo de História: apostas teóricas em tempos de negacionismos. Em: Andrade, J. A. De; Pereira, N. M. (Eds.). Ensino de História e suas práticas de pesquisa. São Leopoldo: Oikos, 2021. p. 263–278.

ANDERSON, P. Passagens da Antiguidade ao Feudalismo. São Paulo: Brasiliense, 2000.

ASCIONE, G. Decolonizing the ‘Global’: The Coloniality of Method and the Problem of the Unit of Analysis. Cultural Sociology, 10 (3), 2016, p. 1–18. DOI: https://doi.org/10.1177/1749975516644843

AVELAR, M.; BALL, S. J. Mapping new philanthropy and the heterarchical state: The Mobilization for the National Learning Standards in Brazil. International Journal of Educational Development, v. 64, p. 65–73, 2019. DOI: https://doi.org/10.1016/j.ijedudev.2017.09.007

BALLESTRIN, L. América Latina e o giro decolonial. Revista Brasileira de Ciência Política, v. 11, p. 89–117, 2013. DOI: https://doi.org/10.1590/S0103-33522013000200004

BEZERRA, H. G. Ensino de História: Conteúdos e Conceitos Básicos. In L. Karnal (Org.), História na Sala de Aula: conceitos, práticas e propostas. São Paulo: Contexto, 2003, p. 37–48.

BITTENCOURT, Circe. M. F. Ensino de história: Fundamentos e métodos. 5. ed. São Paulo: Cortez Editora, 2008.

BRASIL, S. de E. F. Parâmetros Curriculares Nacionais (1a a 4a Série): História e Geografia . Brasília: MEC/SEF, 1997

BRASIL, S. de E. F. Parâmetros Curriculares Nacionais (5a A 8a séries): História. Brasília: MEC/SEF, 1998

BRASIL. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Brasília: MEC, 2019

CARDOSO, C. F. S. Camponês, campesinato: questões acadêmicas, questões políticas. In A. L. Chevitarese (Org.), O Campesinato na História. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2002, p. 19–38.

CERRI, L. F.; COSTA, M. P. O banho, a água, a bacia e a criança: história e historiadores na defenestração da primeira versão da Base Nacional Curricular Comum de História para o Ensino Fundamental. Educar em Revista (Curitiba), v. 37, p. 1–21, 2021. DOI: https://doi.org/10.1590/0104-4060.77155

CHAKRABARTY, D. Provincializing Europe: Postcolonial Thought and Historical Difference. Princeton University Press2000.

CHESNEAUX, J. Devemos fazer tabula raza do passado? Sobre a história e historiadores. São Paulo: Ática, 1995.

CIAMPI, H. Os dilemas da formação do professor de História no mundo contemporâneo. História Hoje, 2 (3), 2013, p. 109–130. DOI: https://doi.org/10.20949/rhhj.v2i3.74

COSTA, A. L.; OLIVEIRA, M. M. D. De. O Ensino de História como Objeto de Pesquisa no Brasil: no Aniversário de 50 Anos de uma Área de Pesquisa, Notícias do que Virá. Saeculum - Revista de Historia (Joao Pessoa), v. 16, p. 147–160, 2007.

COELHO, A. L. S., e BELCHIOR, Y. K. A BNCC e a História Antiga: Uma possível compreensão do presente pelo passado e do passado pelo presente. Mare Nostrum. Estudos sobre o Mediterrâneo Antigo, 8, 2017, p. 62–78. DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2177-4218.v8i8p62-78

CONRAD, S. What Is Global History? Princeton: Princeton University Press, 2016.

CROSSLEY, P. K. O que é história global? Petrópolis: E/ditora Vozes, 2015.

FILLAFER, F. L. A World Connecting? From the Unity of History to Global History. History and Theory, 56 (1), 2017, p. 3–37. DOI: https://doi.org/10.1111/hith.12000

FINLEY, M. I. Ancient Economy. Berkeley: University of California, 1999. DOI: https://doi.org/10.1525/9780520353305

FUNARI, P. P. de A. A Renovação da História Antiga. In L. Karnal (Org.), História na Sala de Aula: conceitos, práticas e propostas. São Paulo: Contexto, 2003, p. 95–107.

FUNARI, P. P. Brasileiros e Romanos: Colonialismo, Identidades e o Papel da Cultura Material. In: CHEVITARESE, A. LEONARDO.; CORNELLI, G.; SILVA, M. A. DE O. (Eds.). Tradição Clássica e o Brasil. Brasília: Archai/Fortium, 2008, p. 179-186.

GREENWOOD, E. Reception Studies: The Cultural Mobility of Classics. Daedalus, 145(2), 2016, p. 41–49. DOI: https://doi.org/10.1162/DAED_a_00374

GOODSON, I. Learning, Curriculum and Life Politics. The selected works of Ivor F. Goodson. London: Routledge, 2005.

HARTOG, Fraçois. Regimes de historicidade: presentismo e experiências do tempo. São Paulo: Autêntica Editora, 2013. DOI: https://doi.org/10.26512/hh.v1i1.10714

HORDEN, P., & PURCELL, N. The Corrupting Sea. A study of Mediterranean History. Oxford: Blackwell, 2000.

LEITE, P. G. Ensino de História, reformas do ensino e percepções da Antiguidade: apontamentos a partir da atual conjuntura brasileira. Mare Nostrum. Estudos sobre o Mediterrâneo Antigo, 8, 2017, p. 13–29. DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2177-4218.v8i8p13-29

LEITE, P. G. O Ensino de História Antiga no Brasil: Percepções a Partir das Propostas Da BNCC. Em: Souza Neto, J. M. G. de; Moerbeck, G.; Birro, R. M. (Eds.). Antigas leituras: ensino de História. Recife: EDUPE, 2020. p. 93–114.

LIVERANI, M. Antigo Oriente. História, Sociedade e Economia. São Paulo: EDUSP, 2016.

MAGALHÃES, M. De S. Apontamentos para pensar o ensino de História hoje: reformas curriculares, Ensino Médio e formação do professor. Tempo, v. 11, n. 21, p. 49–64, 2006. DOI: https://doi.org/10.1590/S1413-77042006000200005

MARIZ, S. F. Por um currículo afrorreferenciado de história antiga e medieval. Brathair, v. 21, n. 1, p. 15-49, 2021. DOI: https://doi.org/10.18817/brathair.v1i21.2523

MARX, K. Grundrisse. São Paulo: Boitempo, 2011.

MAZOYER, M.; ROUDART, L. História das agriculturas do mundo: do neolítico à crise contemporânea. São Paulo: UNESP, 2010.

MENDES, B. Ensino de História, Historiografia e Currículo de História. Transversos: Revista de História (Rio de Janeiro), v. 18, p. 108–128, 2020. DOI: https://doi.org/10.12957/transversos.2020.49959

MOERBECK, G. Em defesa do ensino da história antiga nas escolas contemporâneas: base nacional curricular comum, usos do passado e pedagogia decolonial. Brathair, v. 21, n. 1, p. 50-91, 2021. DOI: https://doi.org/10.18817/brathair.v1i21.2525

MORALES, F. A. Por uma didática da História Antiga no Ensino Superior. Mare Nostrum. Estudos sobre o Mediterrâneo Antigo, 8, (2017, p. 79–114. DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2177-4218.v8i8p79-114

MORALES, F. A.; Silva, U. G. Da. História Antiga e História Global: afluentes e confluências. Revista Brasileira de História, v. 40, n. 83, p. 125–150, 2020. DOI: https://doi.org/10.1590/1806-93472020v40n83-06

MONTEIRO, A. M.; PIRES, M. De F. B. Desafios e possibilidades de análise de teias discursivas no currículo de História. Em: Andrade, J. A. De; Pereira, N. M. (Eds.). Ensino de História e suas práticas de pesquisa. São Leopoldo: Oikos, 2021. p. 245–262.

ORNELLAS, Janaína Farias de e SILVA, Luana Cristeinsen. O Ensino Fundamental da BNCC: proposta de um currículo na contramão do conhecimento. Revista Espaço do Currículo (João Pessoa), v. 12, n. 2, p. 309–325, 2019. DOI: https://doi.org/10.22478/ufpb.1983-1579.2019v12n2.43516

OSBORNE, R. Classical Landscape with Figures: The Ancient Greek City and Its Countryside. London: George Phillip, 1987.

PEREIRA, M. H. F.; ARAUJO, V. L. de. Reconfigurações do tempo histórico: Presentismo, atualismo e solidão na modernidade digital. Revista UFMG, v. 23, n. 1/2, p. 270–297, 2016. DOI: https://doi.org/10.35699/2316-770X.2016.2770

RALEJO, A. S.; MELLO, R. A.; AMORIM, M. De O. BNCC e Ensino de História: horizontes possíveis. Educar em Revista (Curitiba), v. 37, p. 1–19, 2021. DOI: https://doi.org/10.1590/0104-4060.77056

SALLES, A. M.; CÁCERES, P. R. C. Currículo, Ensino de História e Pós-Colonialidade. Saeculum - Revista de História (Joao Pessoa), v. 28, n. 48, p. 139–148, 2023.

SANTOS, D. O Ensino de História Antiga no Brasil e o Debate da BNCC, Outros Tempos: Pesquisa em Foco - História, v. 16, n. 28, p. 128-145, 2019. DOI: https://doi.org/10.18817/ot.v16i28.703

SCHIAVONE, A. Uma História Rompida. Roma Antiga e Ocidente Moderno. São Paulo: Edusp, 2005.

SEFFNER, F. Saberes da docência, saberes da disciplina e muitos imprevistos: atravessamentos no território do ensino de História. In V. L. M. Barroso, N. M. Pereira, M. A. Bergamaschi, S. T. Gedoz, & E. S. Padrós (Orgs.), Ensino de história: desafios contemporâneos. Porto Alegre: EST: EXCLAMAÇÃO: ANPUH, 2010, p. 213–229.

SILVA, Tomaz Tadeu da. Documentos de identidade: uma introdução às teorias do currículo. Belo Horizonte: Autêntica, 1999.

SILVA, U. G. da; FRIZZO, F.; LEITE, P. G. Devemos fazer Tábula Rasa dos Passados Distantes? A Antiguidade na Cultura Histórica e nas escolas brasileiras. Revista História Hoje, v. 12, n. 24, 2023, p. 6-27. DOI: https://doi.org/10.20949/rhhj.v12i24.1074

SILVA, U. G. da. Uma Antiguidade Fora de Lugar? Mare Nostrum, v. 8, p. 1-12, 2017. DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2177-4218.v8i8p1-12

STE. CROIX, G. E. M. de. The class struggle in the Ancient Greek World. Ithaca: Cornell University, 1998.

SUBRAHMANYAM, S. Connected Histories: Notes towards a Reconfiguration of Early Modern Eurasia. Modern Asian Studies, 31(3), 1997, p. 735–762. DOI: https://doi.org/10.1017/S0026749X00017133

TARLAU, R.; MOELLER, K. O Consenso por Filantropia. Como uma fundação privada estabeleceu a BNCC no Brasil. Currículo sem Fronteiras, v. 20, n. 2, p. 553–603, 2020. DOI: https://doi.org/10.35786/1645-1384.v20.n2.11

VERNANT, J. P. E VIDAL-NAQUET, P. Trabalho e escravidão na Grecia Antiga. Papirus, 1989.

VLASSOPOULOS, K. Greeks and Barbarians. Cambridge: Cambridge University Press, 2013. DOI: https://doi.org/10.1017/CBO9781139049368

WEBER, M. The Agrarian Sociology Of Ancient Civilizations. London: Verso Books, 2013.

WICKHAM, C. Framing the Early Middle Ages. Europe and the Mediterranean 400-800. Oxford: Oxford University, 2005. DOI: https://doi.org/10.1093/acprof:oso/9780199264490.001.0001

YOFFEE, N. Mitos do Estado Arcaico: Evolução dos Primeiros Estados, Cidades e Civilizações. São Paulo: Edusp, 2013.

Published

2024-10-01

How to Cite

SILVA, U. G. The rural in history teaching:: curriculum, antiquity and global histories. Saeculum, [S. l.], v. 29, n. 50, p. 190–208, 2024. DOI: 10.22478/ufpb.2317-6725.2024v29n50.69250. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/index.php/srh/article/view/69250. Acesso em: 22 dec. 2024.

Issue

Section

Dossiê - O Ensino de História em perspectiva histórica