UMA EXPERIÊNCIA DE CURRÍCULO

rastros de um arquivo-corpo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15687/rec.v15i2.63008

Palavras-chave:

Currículo, Arquivo, Formação Inicial de professores, Corpo

Resumo

Neste ensaio, apresentamos uma experiência estética com base na proposta curricular de formação de professores da Universitat de Lleida, realizando uma discussão sobre o currículo e o que chamamos de arquivo-corpo. Trata-se de tomar um currículo não somente como um depositório de documentos, mas também como aquilo que nele é vivido, sentido, praticado, e que é arquivado no corpo, produzindo determinados modos de subjetivação. Para isso, aproximamo-nos das discussões curriculares de autores como Corazza e Tadeu (2003), dentre outros, da noção de arquivo de Foucault (2008) e da ideia de arquivo-corpo de Lepecki (2015) e Artières (1998). Diante da experiência de Lleida, indagamos:  quais práticas curriculares arquivamos no nosso corpo? Que modos de subjetivação tais práticas curriculares produzem em nós?  Por fim, acreditamos que as experiências curriculares, atravessadas por experimentações estéticas, são capazes de arquivar no corpo outros modos de existir.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

José Alberto Romana Díaz, Universidade do Vale do Taquari, Brasil

Mestre em Ensino Universidade do Vale do Taquari e doutorando em Ensino pela mesma instituição.

Angélica Vier Munhoz, Universidade do Vale do Taquari, Brasil.

Doutora em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Professora da Universidade do Vale do Taquari. 

Glòria Jové Monclús, Universitat de Lleida, Espanha.

Doutora em Ciências da Educação pela Universidade Autônoma de Barcelona e professora na Universitat Lleida.

Referências

AQUINO, Julio Groppa. Diálogos em delay: especulações em torno de uma temporalidade outra do encontro pedagógico. Educação e Pesquisa, 2017, 43(2):311-326.

ARTIÈRES, Philippe. Arquivar a própria vida. Estudos históricos. Trad. Dora Rocha. São Paulo: UNESP, 1998, n. 21. Disponível em: https://www.marilia.unesp.br/Home/Pesquisa/cultgen/arquivar_a_propria_vida.pdf. Acesso em: 08 jul. 2019.

CORAZZA, Sandra Mara.; TADEU, Tomaz. Composições. Belo Horizonte: Autêntica, 2003.

DÍAZ, José Alberto Romana; MUNHOZ, Angélica Vier. Mediação e práticas de tradução-transcriação em museus. Crítica Educativa (Sorocaba/SP), v. 4, n. 1, p. 87-96, jan./jun.2018.

FOUCAULT, Michel. Nietzsche, a genealogia e a história. In: FOUCAULT, M. Microfísica do poder. Trad. Roberto Machado. Rio de Janeiro: Graal, 1979, p. 15 -37.

FOUCAULT, Michel. Em defesa da sociedade: Curso no Collège de France (1975/1976). Tradução Maria Ermantina Galvão, São Paulo: Martins Fontes, 1999.

FOUCAULT, Michel. A ordem do discurso. Tradução Laura Fraga de Almeida Sampaio. São Paulo: Edições Loyola, 2001.

FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: história da violência nas prisões. Tradução Raquel Ramalhete. 23.ed. Petrópolis, Vozes, 2001a.

FOUCAULT, Michel. Sécurité, territoire, population. Paris: Gallimard, 2004.

FOUCAULT, Michel. Nascimento da biopolítica. Tradução Eduardo Brandão. São Paulo, Martins Fontes, 2008.

GALLO, Silvio. A orquídea e a vespa: transversalidade e currículo rizomático. In: PEREIRA, Maria Zuleide;

REV. ESPAÇO DO CURRÍCULO (ONLINE), JOÃO PESSOA, V.XX, N.X, P. XX-XX, MÊS/MÊS. ANO.14

REV. ESPAÇO DO CURRÍCULO (ONLINE), JOÃO PESSOA, V.XX, N.X, P. XX-XX, MÊS/MÊS. ANO.14

REV. ESPAÇO DO CURRÍCULO (ONLINE), JOÃO PESSOA, V.XX, N.X, P. XX-XX, MÊS/MÊS. ANO.14

GONSALVES, Elisa Pereira.; CARVALHO, Maria Eulina. Currículo e contemporaneidade: questões emergentes. São Paulo: Alínea, 2011, p. 37 -50.

GUATTARI, Félix. Caosmose: um novo paradigma estético. Tradução Ana Lúcia de Oliveira e Lúcia Cláudia Leão.Rio de Janeiro: Ed. 34, 1992.

GUATTARI, Félix.; ROLNIK, Suely. Micropolítica: Cartografias do Desejo. Petrópolis: Vozes, 1999.

JOVÉ MONCLÚS, Glória; FERRERO OLIVA, Mireia; SELFA SASTRE, Moisés. A la derriba: una propuesta de enseñanza y aprendizaje a través del arte contemporáneo. ASRI: Arte y sociedad, Revista de investigación, Málaga, España, n. 12, 2017, p. 1-18 Disponível em: https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=6401758>. Acesso em: 08 jul. 2019.

JOVÉ MONCLÚS, Glória. Maestras contemporáneas. Lleida: Edicions de la Universitat de Lleida, 2017

LARROSA BONDÍA, Jorge. Notas sobre a experiência e o saber de experiência. Revista Brasileira de Educação. n.19, 2002, p. 20-28.

LEPECKI, André. Le corps comme archive. Volonté de réinterpréter et survivances de la danse. In: BÉNICHOU, A. (éd). Recréer/scripter: mémoires et transmissions des oeuvres performatives et chorégraphiques contemporaines. Le presses du réel, Dijon, 2015. p. 33-70.

LOPONTE, Luciana Grupelli. Tudo isso que chamamos de formação estética: ressonâncias para a docência Revista Brasileira de Educação. v. 22 n. 69 abr.-jun. 2017, p. 429 – 452.

MUNHOZ, Angélica Vier; Hattge, Morgana Domênica. Research as a Curriculum Movement: Teacher Protagonism as a Pathway to Learning. Procedia: Social and Behavioral Sciences, 2015, v. 174, p. 1777-1781.

MUNHOZ, Angélica Vier; AQUINO, Julio Groppa. Entre o corpo e o arquivo: aproximações à ideia de gesto docente. Educação e Cultura Contemporânea, v. 17, 2020, p. 40-58.

Arquivos adicionais

Publicado

15-10-2022

Como Citar

DÍAZ, J. A. R.; MUNHOZ, A. V. .; MONCLÚS, G. J. UMA EXPERIÊNCIA DE CURRÍCULO : rastros de um arquivo-corpo. Revista Espaço do Currículo, [S. l.], v. 15, n. 2, p. 1–14, 2022. DOI: 10.15687/rec.v15i2.63008. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rec/article/view/63008. Acesso em: 18 nov. 2024.