CURRÍCULO OCULTO

aspectos da experiência educacional não declarada no currículo oficial e formal da escola

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15687/rec.v17i1.66446

Palavras-chave:

Educação, Sociologia, Políticas Educacionais, Currículos escolares

Resumo

O presente artigo tem como objeto o conceito de Currículo Oculto, com base na Teoria Crítica e na Sociologia do Currículo. Tal análise é fundamental à tarefa de compreender a missão do currículo na produção de personalidades. No entanto, ao atribuir o centro desse processo àquelas experiências e objetivos não explícitos, o conceito também contribui para absolver o currículo formal de sua responsabilidade na formação de sujeitos sociais. Assim, faz-se necessário examinar as minúcias da reprodução cultural e social, fato que se evidencia na combinação de um e outro (currículo formal e oculto). A discussão está baseada nas obras Documentos de Identidade: uma introdução às teorias curriculares, de Tomaz Tadeu da Silva (2016) e Sociologia e teoria crítica do currículo: uma introdução de Antônio Flávio Barbosa Moreira e Tomaz Tadeu da Silva (2001). Buscou-se contribuir com a compreensão da organização curricular e dos seus nexos com as formações econômicas e sociais amplas com intento de conhecer o papel da escola na seleção, preservação, transmissão e distribuição cultural, regido por normas ideológicas e valores.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Rafael Garcia Campos, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Brasil.

Mestre em Saúde Coletiva pela Universidade Estadual Paulista e  Doutorando em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

Carlos Antonio Giovinazzo Junior, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Brasil

Doutor em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e  Professor na mesma Instituição.

Referências

APPLE, Michael Whitman. Conhecimento oficial - a educação democrática numa era conservadora. Petrópolis: Editora Vozes, 1999.

APPLE, Michael; KING, Nancy. Que enseñan las escuelas? In.: GIMENO SACRISTÁN, José; PÉREZ GOMEZ, Angel. La enseñanza: su teoria y su práctica. Madrid: Akal, 1989, pp. 37-53

BRASIL. Ministério da Educação. A etapa do Ensino Médio. In: BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Brasília: MEC, [2018]. p. 472-473. Disponibilidade em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 02 mar. 2022.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília: Senado Federal, 1988. Disponibilidade em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 01 mar. 2022.

CAMPOS, Rafael Garcia, SARAIVA, Mateus. O Projeto de Ensino Médio à Luz de Paulo Freire: a política como restrição da diversidade e da inclusão. Cenas Educacionais, 5, e13068, 2022. Recuperado de https://revistas.uneb.br/index.php/cenaseducacionais/article/view/13068

ELIAS, Norbert. A sociedade dos indivíduos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1994.

GANDIN, Luis Armando; LIMA, Iana Gomes de. (2016). A perspectiva de Michael Apple para os estudos das políticas educacionais. Educação e Pesquisa, 42(3), 651-664. https://doi.org/10.1590/S1517-9702201609143447. DOI: https://doi.org/10.1590/S1517-9702201609143447

KENNET, John. The sociology of Pierre Bourdieu, Educational Review 25, pp. 237- 249, June 1978. DOI: https://doi.org/10.1080/0013191730250308

KLIEBARD, Herbert Martin. Structure of the disciplines as an educational slogan.Teachers College Record, v .66, n. 7, p. 598-603, 1974. DOI: https://doi.org/10.1177/016146816506600706

LIMA, Licinio. A “escola” como categoria na pesquisa em educação. In.: BONIN, Clarice et. al. Trajetórias e processos de ensinar e aprender: políticas e tecnologias. Porto Alegre: Editora da PUCRS, p. 331-328, 2008.

LIMA, Telma Cristiane Sasso; MIOTO, Regina Célia Tamaso. Procedimentos metodológicos na construção do conhecimento científico: a pesquisa bibliográfica. Rev. Katál, Florianópolis, v. 10, ed. esp, p. 37-45, 2007. DOI: https://doi.org/10.1590/S1414-49802007000300004

MATLOCK, Jann. Masquerading women, pathologized men: cross-dressing, fetishism. and the theory of perversion. 1882- 1935. In Emily Apter e William Pietz (orgs.). Fetishism os cultural discoune. Ithaca: Cornell University Press, 1993, p.31-61.

MARCUSE, Herbert. A ideologia da sociedade industrial - O homem unidimensional. Rio de Janeiro: Zahar, 1982.

MOREIRA, Antônio Flávio Barbosa; SILVA, Tomaz Tadeu da. Sociologia e teoria crítica do currículo: uma introdução. In: Antônio F. B. e Tomaz T. da Silva (orgs.) Currículo, Sociedade e Cultura. São Paulo: Cortez, 1999: p.7-37.

MOREIRA, Antônio Flávio Barbosa; SILVA, Tomaz Tadeu da. (orgs.) Currículo, cultura e sociedade. São Paulo: Cortez, 2001.

PIETZ, William. The problem of the fetish, Illa. Res, n. 16, 1988, p. 105-1 23. DOI: https://doi.org/10.1086/RESv16n1ms20166805

SILVA, Tomaz Tadeu da. Documentos de Identidade: uma introdução às teorias do currículo. 3ª ed; Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2016: p. 11-27.

SILVA, Tomaz Tadeu. O currículo como fetiche: a poética e a política do texto curricular. Belo Horizonte: Autêntica. 2003.

SILVA, Tomaz Tadeu da. Currículo, conhecimento e Democracia. Cadernos de Pesquisas, n. 73, 1990, p. 59-66.

TAYLOR, Frederick Winslow. Princípios de administração científica. São Paulo: Atlas, 1970.

Downloads

Publicado

13-03-2024

Como Citar

CAMPOS, R. G.; GIOVINAZZO JUNIOR, C. A. . CURRÍCULO OCULTO: aspectos da experiência educacional não declarada no currículo oficial e formal da escola. Revista Espaço do Currículo, [S. l.], v. 17, n. 1, p. e66446, 2024. DOI: 10.15687/rec.v17i1.66446. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rec/article/view/66446. Acesso em: 2 maio. 2024.