Comercialização de plantas medicinais: um estudo etnobotânico na feira livre do município de Guarabira, Paraíba, nordeste do Brasil

Autores

  • Carlos Antonio Belarmino Alves
  • Simone da Silva
  • Nathalia Anastácia Louize da Alustau Belarmino
  • Ramon Santos Souza
  • Danielli Rodrigues da Silva
  • Paulo Roberto Rodrigues Alves
  • Guilherme Muniz Nunes

Palavras-chave:

Raizeiros, Etnobotânica, Plantas medicinais.

Resumo

A comercialização e o uso de plantas medicinais são conhecidos e discutidos no Brasil e no mundo. Essa prática atende a uma diversidade populacional, entre eles o consumidor individual, vendedores de feiras livres, casa de produtos, mercados e em ervanários. Sendo assim, a importância do estudo versa sobre os saberes e práticas tradicionais estão intrinsicamente relacionados aos recursos naturais, como parte integrante da reprodução cultural e econômica disseminadas pelos raizeiros comerciantes de feiras livres. A pesquisa objetiva analisar a comercialização de plantas e produtos medicinais pelos raizeiros da feira livre do município de Guarabira-PB, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com (09) nove raizeiros comerciantes de plantas medicinais da feira livre de Guarabira-PB, entre eles (04) quatro mulheres e (05) cinco homens. Aplicou-se também o cálculo do Índice de Importância Relativa (IR), para o obter as espécies que se destacaram-se no estudo. O levantamento etnobotânico realizado das plantas comercializadas pelos raizeiros do mercado público de Guarabira-PB, identificou-se 85 plantas “in natura” comercializadas secas, distribuídas em 44 famílias botânicas, totalizando 246 citações de uso curativo e preventivo de diversas enfermidades. Encontra-se em destaque as plantas que se utiliza a casca, das espécies lenhosas como: Aroeira (Myracrodruon urundeuva Allemão), Barbatimão (Stryphnodendron adstringens (Mart.) Coville), Caju roxo (Anacardium occidentale L., Cumaru (Amburana cearensis (Allemão) A. C. Sm.), Mulungu (Erythrina verna). As Famílias Botânicas mais representativas em número de espécies citadas foram: Fabaceae (23%), Lamiaceae (19%), etc. As plantas citadas na pesquisa são espécies conhecidas popularmente e cientificamente como é o caso da camomila (Matricaria Chamomilla L.), Boldo (Plectranthus barbatus Andrews), Alecrim (Rosmarinus officinalis). Considerando o cálculo da Importância Relativa IR, as espécies que apresentaram os maiores valores foi o Anil estrelado (Illicium verum Hocker) IR 2, sendo uma das espécies mais versátil. As feiras livres tornam-se um espaço de convivência social e de grande importância cultural, que retrata a diversidade enraizada na cultural Nordestina, de uma riqueza cultural e diversidade dos povos e comunidades locais. Além de ser um ponto de encontro no qual agrupa-se produtos alimentícios, vestimentas, bebidas típicas de determinados locais, artefatos de loiças, além de cultivar um vasto arsenal de plantas que marca a medicina popular tradicional. Portanto, os raizeiros desempenham um importante papel socioeconômico nas cidades, pois utilização de espécies medicinais reduz e, muitas vezes chegam a eliminar gastos com medicamentos farmacêuticos. E importante que todo esse conhecimento tradicional seja resguardado e repassado por gerações.

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Publicado

2016-12-19

Como Citar

ALVES, C. A. B.; SILVA, S. da; BELARMINO, N. A. L. da A.; SOUZA, R. S.; SILVA, D. R. da; ALVES, P. R. R.; NUNES, G. M. Comercialização de plantas medicinais: um estudo etnobotânico na feira livre do município de Guarabira, Paraíba, nordeste do Brasil. Gaia Scientia, [S. l.], v. 10, n. 4, 2016. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/index.php/gaia/article/view/33236. Acesso em: 18 nov. 2024.

Edição

Seção

Ciências Ambientais

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