Pelos caminhos dos sertões
comércio de africanos escravizados para os sertões das Capitanias do Norte (Paraíba e Rio Grande, na primeira metade do Século XVIII)
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.2317-6725.2023v28n49.67399Palavras-chave:
Sertões, Capitanias do Norte, Comércio de escravizados, Século XVIIIResumo
Durante muito tempo, não houve estudos sistematizados sobre a escravidão nos sertões das Capitanias do Norte, aceitando-se a ideia de que ou não haveria escravizados ou a sua quantidade era insignificante para uma análise detalhada. Nas últimas décadas, porém, novas pesquisas têm demonstrado além da existência da escravidão no sertão, a presença de africanos como escravizados, isso porque, com o avanço da colonização portuguesa para o interior, o sistema escravista e o comércio de africanos se expandiram para a zona pecuária, constituindo parte importante da força de trabalho utilizada. Ora, se havia população africana no interior, como essas pessoas chegavam? Quais eram as redes de negócios de escravizados existentes entre o litoral e o sertão? Este trabalho tem como objetivo demonstrar como se dava a venda de africanos para o sertão das capitanias da Paraíba e Rio Grande, na primeira metade do século XVIII. Dessa forma, é possível identificar as articulações atlânticas construídas que permitiram a reorganização da escravidão e exemplificar a complexidade e capilaridade do tráfico atlântico de escravos.
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Acesso em 05 de julho de 2023
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