O CONCEITO DE CRIATIVIDADE DOCENTE
demandas urgentes para tempos de ausências
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.1983-1579.2020v13nEspecial.54574Palavras-chave:
Criatividade Docente, Autoformação, Reinventar a escola, Ensino Remoto EmergencialResumo
O conceito de criatividade docente e a imposição para uma reinvenção da escola e de seus profissionais no contexto atual é o ponto de partida deste artigo. Na primeira parte, será apresentado o conceito de criatividade docente como espaço de escuta e reflexão, constructo teórico parte do produto da tese de doutoramento de uma das autoras, o qual busca compreender os processos autoformativos docentes e de que forma a criatividade docente se vê favorecida quando este vivência espaços de formação nos quais a escuta e reflexão se fazem presentes. Na segunda parte, será discutido o contexto educacional pandêmico, vivido em escala mundial no ano de 2020 e as demandas oriundas pela reinvenção da escola e de seus docentes. Serão abordadas as estratégias para sua continuação a partir de modelos virtualizados/ não presenciais já existentes bem como do recém criado ensino remoto emergencial. Serão evidenciados alguns pontos de tensão em relação às novas estruturas gestadas e nas ressignificações oriundas do que se entende aqui como virtualidade da sala de aula e do trabalho docente. A necessidade de ser professor, mesmo que na adversidade, gestou espaços de criação muitas vezes pouco favoráveis para muitos docentes. A busca por respostas criativas desses profissionais, que muitas vezes se apresentam como “gambiarras pedagógicas” despontam como fatores que comprovam a urgência da discussão acerca da criatividade como temática formativa docente. Como finalização das análises, levantam-se maneiras de a criatividade estar presente mesmo quando em contextos adversos.
Downloads
Métricas
Referências
ALVES, R. O velho que acordou o menino. São Paulo: Planeta, 2015.
ANDRADE, D. A reestruturação do trabalho docente: Precarização e flexibilização. Educação e Sociedade, Campinas, vol. 25, n. 89, p. 1127-1144, Set./Dez. 2004.
ARROYO, M. Políticas Educacionais e desigualdades: à procura de novos significados. Educ. Soc., Campinas, v. 31, n. 113, p. 1381-1416, out.-dez. 2010
BACICH, L.; TANZI, A.; TREVISANI, F. Ensino híbrido: personalização e tecnologia na educação ( recurso eletrônico). Porto Alegre: Penso, 2015. e-PUB.
BARBOSA, L. Homeschooling no Brasil: ampliação do direito à educação ou via de privatização? Educ. Soc., Campinas, v. 37, nº. 134, p.153-168, jan.-mar., 2016
CANDAU, V. M. Universidade e formação de professores que rumos tomar? In: CANDAU, V. M. Magistério: construção cotidiana. Petrópolis: Vozes, 2011a. p. 29-50.
CANDAU, V. M. Formação Continuada de professores: tendências atuais. In: CANDAU, V. M. Magistério: construção cotidiana. Petrópolis: Vozes, 2011b. p. 51-68.
CHANTRAINE-DEMAILLY, L. Modelos de formação contínua e estratégias de mudança. In: NÓVOA, A. Os professores e a sua formação. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1992. Cap. 7, p. 139-158.
COCHRAN-SMITH, M. A tale of two teachers: Learning of teach over time. In: Kappa Delta pi Record, july-sept, 2012 (p. 108-122). Tradução: GEPED (Grupo de Estudos e Pesquisas em Didática e Formação de Professores),2005.
FERNÁNDEZ, A. Os idiomas do aprendente. Porto Alegre: ARTMED, 2001.
GARCÍA, C. M. A formação de professores: novas perspectivas baseadas na investigação sobre o pensamento do professor. In: NÓVOA, A. Os professores e a sua formação. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1992. p. 51-76.
HORN, Michel. B.; Staker, H. Blended: usando a inovação disruptiva para aprimorar a educação. Porto Alegre: Penso, 2015.
JESUS, S. N. A motivação para a profissão docente. Contributo para a clarificação de situações de mal-estar e para a fundamentação de estratégias de formação de professores. Aveiro: Estante Editora,1996
JOSSO, M.-C. Experiências de Vida e Formação. São Paulo: Cortez, 2004.
LOPES, A; DIAS, R; ABREU, R. Discursos nas políticas de currículo. Rio de Janeiro: Quartet,2011.
MARTINEZ, A. M. A criatividade na escola: três direções de trabalho. Linhas Críticas, Brasília, 8, 2002. 189-206.
MEDIANO, Z. D. A formação em serviço de professores através de oficinas pedagógicas. In: CANDAU, V. M. Magistério: construção cotidiana. Petrópolis: Vozes, 2011. p. 91-108.
NASCIMENTO, M. D. G. A formação continuada dos professores: modelos, dimensões e problemática. In: CANDAU, V. M. Magistério: construção cotidiana. Petrópolis: Vozes, 2011. p. 69-90.
NÓVOA, A. Formação de professores e profissão docente. In: NÓVOA, A. Os professores e a sua formação. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1992. p. 15-34.
NÓVOA, A. Prefácio. In: JOSSO, M-C. Experiências de vida e formação. São Paulo: Cortez, 2004. p. 11-17.
SILVA, T. Documentos de Identidade: uma introdução às teorias do currículo. Belo Horizonte: Autêntica, 2007.
STÜHLER, G. D.; ASSIS, M. D. P. Relações interpessoais: construindo um clima institucional positivo na escola. In: CANEN, A.; SANTOS, A. R. Educação multicultural: teoria e prática para professores e gestores em educação. Rio de Janeiro: Ciência Moderna, 2009.
RAUSCH, R. B. Professor-pesquisador: concepções e práticas de mestres que atuam na educação básica. Revista Diálogo Educacional, Curitiba, 12, set./dez., 2012, 701-717.
TARDIF, M. Saberes Docentes e Formação Profissional. Petrópolis: Vozes, 2014.
TORRE, S. D. L. Da Identificação à Criatividade Paradoxal - dialogando com a Criatividade. São Paulo: Madras, 2005.
TORRE, S. D. L. Criatividade Aplicada - Recursos para uma formação criativa. São Paulo: Madras, 2008.
VALENTE, J.A. Educação à distância: criando abordagens educacionais que possibilitam a construção de conhecimento. In: VALENTE, J. A; MORAN, J; ARANTES, V. (org). Educação à distância: pontos e contrapontos. São Paulo: Summus, 2011. p.13-31.
WINNICOTT, D. W. A família e o desenvolvimento individual. Rio de Janeiro: Imago, 1965.
WINNICOTT, D. W. O brincar e a realidade. Rio de Janeiro: Imago, 1975.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Revista Espaço do Currículo
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Ao submeter um artigo à Revista Espaço do Currículo (REC) e tê-lo aprovado, os autores concordam em ceder, sem remuneração, os seguintes direitos à Revista Espaço do Currículo: os direitos de primeira publicação e a permissão para que a REC redistribua esse artigo e seus metadados aos serviços de indexação e referência que seus editores julguem apropriados.