A SOLIDÃO DE UMA EDUCAÇÃO COTIDIANA
DOI:
https://doi.org/10.15687/rec.v16i3.68488Palavras-chave:
Cotidianos, Currículos, SolidãoResumo
Este texto se dá como efeito da produção de uma tese, em uma tentativa de problematização dos modos de vivência da solidão preponderantes na contemporaneidade educacional, em meio ao que se configura como solidões pautadas nas noções de carência, de melancolia e de precariedade, conferindo um status negativo à solidão. A partir de intercessores como Deleuze, Guattari e Nietzsche, aponta outras formas de se considerar a solidão atrelada aos currículos, formas estas mais desprendidas da compreensão de ser humano como um sujeito enfraquecido. Aproxima a produção curricular a uma “[...] boa solidão, a solidão livre, a que vos permite seguir sendo bons em qualquer sentido” (NIETZSCHE, 2005, p. 35), cartografando os processos de produções curriculares intensificados pela potência da solidão como afirmação de uma vida inquietada e atravessada pelos devires que forçam o pensamento em busca da não subordinação. Busca, desta maneira, evidenciar as práticas de criação de espaços inéditos no campo do currículo, promovidos pela solidão em meio à lógica produtiva contemporânea, em seus múltiplos sentidos possíveis, nos encontros de uma educação cotidiana.
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