A BIOFILOSOFIA DOS GRAUS DO ORGÂNICO: ARNOLD GEHLEN E A ONTOLOGIA DE NICOLAI HARTMANN

Authors

DOI:

https://doi.org/10.7443/problemata.v7i1.27499

Keywords:

ntropologia Filosófica, Filosofia da Biologia, Arnold Gehlen, Graus do Orgânico, Ontologia de Nicolai Hartmann.

Abstract

O propósito deste artigo é investigar os fundamentos da antropobiologia de Arnold Gehlen de modo a demonstrar como o esquema darwiniano da evolução das espécies fora aí substituído pela biofilosofia dos graus do orgânico de Nicolai Hartmann. Esta substituição permitiu que Gehlen distinguisse claramente entre as Leis Estruturais da Constituição Humana (LECH) e as Operações Humanas (OPHU). Segundo Gehlen, a ação conjunta (handlung zuzammen) entre estruturas e operações humanas forma um circuito inconsútil no qual as carências vitais do homem (mängelwesen) são supridas mediante ações de descarga. A observação fenomenológica das leis de descarga (entlastungsgefahren) se dá na fabricação do mundo (Welt). Malgrado seus notáveis progressos no que diz respeito à explicação não-zoológica do homem, o modelo gehleniano reduziu a percepção fenomenológica do humano a uma mecânica de operações e estruturas. A substituição do esquema darwiniano pela ontologia de Nicolai Hartmann nos provê uma explicação holística e singular do homem, porém, sob pena da redução mecânica das operações simbólicas e numênicas.

 

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

Cleber Ranieri Ribas de Almeida, Professor da Universidade Federal do Piauí

Cleber Ranieri Ribas de Almeida é professor da Universidade Federal do Piauí. Mestre em Ciência Política pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro e Doutorando em Filosofia pela Universidade de São Paulo.

 

 

 

 

References

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALSBERG, Paul. (1922). In Quest of Man. A Biological Approach to the Problem of Man's Place in Nature. Oxford-New York-Toronto-Sidney-Braunschweig: Pergamon Press, 1970. [trad. inglesa do livro Das Menschheitsrätsel ].

ARLT, Gehard. Antropologia Filosófica. Rio de Janeiro: Editora Vozes, 2008.

BERGSON, H. A Evolução Criadora. São Paulo: Editora Unesp, 2009. [Trad. Adolfo Casais Monteiro]

BOLK, Louis. Le problème de la genèse humaine. Revue française de psychanalyse, v. 25, n. 2, p. 243-279, 1961.

BUYTENDIJK, F.J.J. Psychologie des Animaux. Paris: Payot, 1928.

BUYTENDIJK, F.J.J. (s.d.) O Homem e o Animal. Ensaio de Psicologia Comparada. Lisboa: Livros do Brasil.

DARWIN, Charles. A Origem do Homem e a Seleção Sexual. Lisboa: Relógio D’Água, 2009.

DRIESCH, Hans. The History and Theory of Vitalism. London: Macmillan and Co. Limited, 1914.

EIBL-EIBESFELDT, Irenäus. Human Ethology. New York: Aldine de Gruyter, 1989.

FISCHER, Joaquim. Philosophische Anthropologie. Eine Denkrichtung des 20. Jahrhunderts. München: Verlag Karl Alber Freiburg, 2009.

GEHLEN, Arnold. (1940) El Hombre. Su Naturaleza e su Lugar en el Mundo. (2ªed.). Salamanca: Ediciones Sígueme, 1980.

GEHLEN, Arnold. Man. His Nature and Place in the World. New York: Columbia University Press, 1988. (Introdução de Karl-Siegbert Rehberg).

GEHLEN, Arnold. Gesamtausgabe - Der Mensch. 3ªed. Teilband 1. Frankfurt: Vittorio Klostermann, 1993.

HABERMAS, Jürgen. Perfiles Filosófico-Políticos. Madrid: Taurus Ediciones, 1975.

HARTMANN, Nicolai. (1939). Ontologia III. La Fabrica del Mundo Real. México: Fondo de Cultura Económica, 1986.

HARTMANN, Nicolai. (1950) Ontologia V. Filosofia de la Naturaleza. Teoria Especial de las Categorias. El Pensar Teleológico. México: Fondo de Cultura Económica, 1986.

HARTMANN, Nicolai. Nueva Ontologia. Buenos Aires: Editorial Sudamericana, 1954.

HARTMANN, Nicolai. Introducción a La Filosofia. México: Universidade Autónoma do Mexico, 1969.

KLAGES, Ludwig. (1922). Dell’eros Cosmogonico. Avellino: Edizioni di Ar, 2010.

KOHLER, Wolfgang.The Mentality of Apes. London: Kegan Paul, Trench, Trubner. U.S. edition by Harcourt, Brace & World, 1925.

LEVI-STRAUSS, Claude. (1949) A Eficácia Simbólica. Antropologia Estrutural, Vol.5. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1975.

LORENZ, Konrad. (1937). Sobre a Formação do Conceito de Instinto. In: LORENZ, Konrad. Três Ensaios sobre Comportamento Animal e Humano. Lisboa: Arcádia. pp.193-265, 1975.

LORENZ, Konrad. (1950). O Todo e a Parte na Sociedade Animal e Humana. In: LORENZ, Konrad. Três Ensaios sobre Comportamento Animal e Humano. Lisboa: Arcádia. pp.193-265, 1975.

LORENZ, Konrad. (1954). Psicologia e Filogénese. In: LORENZ, Konrad. Três Ensaios sobre Comportamento Animal e Humano. Lisboa: Arcádia. pp.193-265, 1975.

MARQUARD, Odo. Sobre la Historia del Concepto Filosófico de 'Antropología' desde Finales del Siglo XVIII. In: Odo Marquard. Dificuldades Con La Filosofía de La Historia. Ensayos. Valencia: Pré-Textos, 2007. [pp. 133-158; Notas de fim: pp.232-268].

PLESSNER, Helmuth (1928). Die Stufen des Organischen und der Mensch. Einleitung in die Philosophische Anthropologie. Berlin/New York: Walter de Gruyter, 1975.

PORTMANN, Adolf. Zoologie und das Neue Bild des Menschen. Biologische Fragmente zu einer Lehre vom Menschen. Hamburg: Rowohlt Hamburg, 1956.

SCHELER, Max. (1928). A Posição do Homem no Cosmos. São Paulo: Forense Universitária, 2003.

UEXKÜLL, Jacob Von. (S.d). Dos Animais e dos Homens. Digressão pelos seus próprios mundos. Doutrina do Significado. Lisboa: Edição Livros do Brasil.

UEXKÜLL, Jacob Von. Umwelt und Innenwelt der Tiere. 2. verm. u. verb. Aufl. Berlin: J. Springer, 1921.

Published

2016-07-11

Issue

Section

Papers