BRINCANDO DE VIVER

quando um corpo esgotado cria modos de existências no currículo com festas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15687/rec.v16i3.68497

Palavras-chave:

Devir-criança, Corpo esgotado, Brincar de viver

Resumo

Este artigo mostra que criar novas formas de vida no currículo com festas é criar uma vida outra apesar de todos os poderes que insistem em enclausurar vidas. É abrir-se à alegria de brincar e ao desejo de viver. Para tanto tem como objetivo analisar como um corpo esgotado cria modos de existências no currículo com festas. Argumentamos que um corpo esgotado, em um dia de festa, ao traçar linhas de fuga para sobreviver, experimenta novas formas de vida e brinca de viver  ao experimentar as potencialidades do corpo no currículo. Mostramos como um corpo que parecia ter sua vida marcada pelas incertezas e pelas aflições, um corpo esgotado, em um currículo com festas, brinca de viver. Isso porque ao entrar em devir percorre novos caminhos, explora, cria novos mundos, brinca de viver, sorri. O corpo esgotado, tão marcado e muitas vezes silencioso e silenciado, mostrou que há sempre novos passos a serem dançados no currículo com festas.  Mostrou que um corpo em devir-criança espanta. Espanta ao sorrir. Porque cria singularidades, momentos. Evidencia que  os seus agenciamentos possibilitam  linhas de fuga.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Camila Amorim Campos, Universidade Federal de Minas Gerais, Brasil.

Mestra em educação pela Universidade Federal de Minas Gerais e Doutoranda em Educação pela Universidade Federal de Minas Gerais.

Maria Carolina da Silva Caldeira, Universidade Federal de Minas Gerais, Brasil.

Doutora em Educação pela Universidade Federal de Minas Gerais e Professora na mesma instituição. 

Referências

ABBOT, Lesley. “Brincar é bom!” Desenvolvendo o brincar em escolas e sala de aula. In: MOYLES, Janet. A excelência do brincar. Porto Alegre: Artmed, 2006. p. 94-107.

BUTLER, Judith. Quadros de guerra: quando a vida é passível de luto? Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2019.

CARNEIRO, Gláucia Conceição; PARAÍSO, Marlucy Alves. Cartografia para pesquisar currículos: um exercício ativo e experimental sobre um território em constante transformação. Práxis Educativa, v. 13, n. 3, p. 1003-1024, 2018. DOI: https://doi.org/10.5212/PraxEduc.v.13i3.0021

DELEUZE, Gilles. Sobre teatro: um manifesto de menos – O esgotado. Rio de Janeiro: Zahar, 2010.

DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. Mil platôs: capitalismo e esquizofrenia. São Paulo: Editora 34, 2017.

DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Felix. O que é a filosofia? São Paulo: Editora 34, 1992.

DELEUZE, Gilles; PARNET, Claire. Diálogos. São Paulo: Editora Escuta, 1998.

DELIGNY, Fernand. O aracniano e outros textos. Tradução de Lara de Malimpesa. São Paulo: n-1 edições, 2015.

LÓPEZ, Maximiliano Valerio. Acontecimento e experiência no trabalho filosófico com crianças. Belo Horizonte: Autêntica, 2008.

PARAÍSO, Marlucy Alves. Currículos: teorias e políticas. São Paulo: Editora Contexto, 2023.

PARAÍSO, Marlucy Alves. Diferença no currículo. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, v. 40, n. 140, p. 587-604, 2010. DOI: https://doi.org/10.1590/S0100-15742010000200014

PARAÍSO, Marlucy Alves. Uma vida de professora que forma professora/es e trabalha para o alargamento do possível no currículo. Curitiba: Brazil Publishing, 2019.

PELBART, Peter Pál. O avesso do niilismo: cartografias do esgotamento. São Paulo: n-1 edições, 2016.

PEREIRA, Eugenio Tadeu. Brincar e criança. In: CARVALHO, Alysson et al. (org.). Brincar(es). Belo Horizonte: UFMG, 2005. p. 17-28.

Downloads

Publicado

06-12-2023

Como Citar

CAMPOS, C. A. .; CALDEIRA, M. C. da S. BRINCANDO DE VIVER: quando um corpo esgotado cria modos de existências no currículo com festas. Revista Espaço do Currículo, [S. l.], v. 16, n. 3, p. 1–13, 2023. DOI: 10.15687/rec.v16i3.68497. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/index.php/rec/article/view/68497. Acesso em: 27 abr. 2024.

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)