O fantasma do corpo
A sexualidade como dispositivo do biopoder em A pele que Habito (2011)
DOI :
https://doi.org/10.22478/ufpb.2317-6725.2020v25n43.54536Mots-clés :
Corpo, Sexualidade, Dispositivo Biopolítico, A pele que HabitoRésumé
Os estudos historiográficos contemporâneos lançaram o corpo em problematizações que, sobre diversos ângulos, observaram os comportamentos, práticas, formas de interação e de constituição do corpo-sujeito. Suas representações e significados entram em cena na pesquisa histórica, e na esteira das elaborações, o presente artigo propõe compreender a sexualidade como dispositivo do biopoder e o corpo como superfície de investimento biopolítico, a partir do filme A Pele que Habito (2011), de Pedro Almodóvar. Para tanto, foram selecionados seis enquadramentos do filme em atos da personagem Vera/Vincent em que, à luz do que compreende Michel Foucault como dispositivo biopolítico, apresenta de que modo a sexualidade atua como elemento de esquadrinhamento, captura e controle dos corpos, em um primeiro debate. Em seguida, seguindo a questão proposta por Espinosa “O que pode um corpo”, delineia-se um debate acerca da constituição da identidade como aparato de enclausuramento, da ideia de representação como a própria imagem mantida para cessar o movimento de criação de possibilidades de vida e, por fim, como a personagem que encena esse corpo é capaz de nos direcionar para uma possibilidade outra de leitura ético- estética de viver.
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