AUTONOMIA E INOVAÇÃO CURRICULAR

resistir, repensar e atravessar margens

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15687/rec.v16i1.65494

Palavras-chave:

Autonomia curricular, Inovação, Resistência colectiva, Aprendizagem significativa

Resumo

O texto focaliza o debate sobre teorias e políticas educativas, argumentando que intentam sobre o controlo dos pensamentos e das práticas que se desenvolvem nas escolas, numa espécie de colonização epistemológica e ontológica dos sujeitos. Propomos, a partir da discussão teórica fundada na revisão bibliográfica interpretativa, ancorada nos pressupostos curriculares críticos e pós-críticos e na nossa prática pedagógica, reflectir sobre a possibilidade de (re)construção do sujeito a partir da criação de espaços para ressignificações e problematizações, possibilitando outras formas de luta para a construção da autonomia, ocasionando uma educação com laivos emancipatórios e transformadores. Defendemos que, a tentativa de fechamento curricular, supondo a possibilidade de controlo, tende a perder força face às demandas contextuais e ontológicas, o que reitera a defesa da necessidade de resistência e questionamento inovadores face aos ditames exógenos por parte dos professores e de um currículo com insígnia da diversidade, cuja significação tenha força para extrapolar margens e ir à procura de uma ilha ainda desconhecida. O texto espera contribuir, estimulando reflexões mais aventuradas, reafirmando a hegemonia da escola, como verdadeiro espaço de ressignificações e centro de decisão das regras do jogo curricular..

 

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Biografia do Autor

António Luis Julião, Instituto Superior Politécnico Católico de Benguela, Angola. 

Mestrado em Desenvolvimento Curricular e Inovação Educativa pela Universidade Katyavala Bwila-Angola e docente do Instituto Superior Politécnico Católico de Benguela, Angola. 

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Publicado

03-05-2023

Como Citar

JULIÃO, António Luis. AUTONOMIA E INOVAÇÃO CURRICULAR: resistir, repensar e atravessar margens. Revista Espaço do Currículo, [S. l.], v. 16, n. 1, p. 1–11, 2023. DOI: 10.15687/rec.v16i1.65494. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/index.php/rec/article/view/65494. Acesso em: 9 nov. 2025.

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