AUTONOMIA CURRICULAR DO PROFESSOR EM ANGOLA

um olhar na perspectiva dos documentos normativos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.1983-1579.2019v12n2.43145

Palavras-chave:

Autonomia curricular., Professor., qualidade de ensino.

Resumo

Angola atravessa momentos de profundas mudanças a todos os campos e dimensões, o que faz sentido repensar a escola, como local estratégico de decisão curricular, de mudanças organizacionais e funcionais que permitem melhorar o ensino e adequar o sistema educativo aos imperativos hodiernos. Inserida nesta lógica a publicação do Decreto Presidencial nº 160/18 de 3 de Julho, embora de forma tácita, procura gerar uma nova perspectiva de gestão curricular consentindo algumas margens de autonomia aos professores, enquanto agentes curriculares, reforçando o seu papel. Assim, parece continuar a existir alguma dissonância entre o estatuído na norma e o que acontece no terreno das práticas. Neste sentido, o presente artigo augura analisar a autonomia curricular do professor à luz do decreto executivo supra aludido, no sentido de se garantir o sucesso educativo dos aprendentes. Para dar suporte ao mesmo, e inspirando-se na abordagem qualitativa, primou-se pelo levantamento do aparato bibliográfico e a análise documental. Para elaborar o texto dialogamos com Roldão (1998, 2013); Pacheco (2000, 2001); Morgado (2000); Afonso (2014), e outros que discutem a autonomia curricular do professor. Aprofundando a leitura, os autores chamam atenção para a necessidade de uma maior autonomia do professor, substancialmente fundada no processo colectivo de construção no contexto da escola. 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

António Luis Julião, Universidade Katyavala Bwila, Angola.

Graduado em Psicologia Educacional pela Universidade Katyavala Bwila-Angola, docente e Coordenador Pedagógico.

Referências

AFONSO, Augusto. O papel do professor na (Re)Construção do Currículo do 1º Ciclo do Ensino Secundário em Angola: das intenções às práticas. Capítulo III da Tese de Doutoramento. Braga: Instituto de Educação e Psicologia da Universidade do Minho, 2004.

ANGOLA - Lei de Bases do Sistema Educativo Angoano. Lei de Base do Sistema de Educação e Ensino Nº 17/16 de 7 de Outubro. Angola, 2016.

CANÁRIO, Rui. A escola tem futuro? Das promessas às incertezas. Porto Alegre: Artmed, 2006.

COUTINHO, Carlos. Paradigmas, Metodologias e Métodos de Investigação. Lisboa: Almedina, 2011.

DLP. Dicionário da Língua Portuguesa. Porto: Porto Editora, 2011.

FIGUEIREDO, Carla; LEITE, Carlinda & FERNANDES, Preciosa. O desenvolvimento do currículo no contexto de uma avaliação de escolas centrada nos resultados: que implicações? Currículo sem Fronteiras, v. 16, n. 3, p. 646-664, set./dez. 2016.

GIL, António. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 6ª Edição. São Paulo: Atlas , 2008.

LEITE, Carlinda. Para uma escola Curricularmente inteligente. Porto: Edições Asa, 2003.

MARCONI, Andrade; LAKATOS, Eva. Fundamentos de Metodologia Científica. 5ª ed. São Paulo: Editora Atlas S.A, 2003.

MORGADO, José . A (des)construção da autonomia curricular. Lisboa: Edições ASA, 2000.

MACHADO, Manuel. O Papel do Professor na Construção do Currículo. Dissertação apresentada para obtenção do grau de Mestre em Ciências da Educação. Braga: Instituto de Educação e Psicologia da Universidade do Minho, 2006.

PACHECO, José. Currículo: teoria e práxis. Porto: Porto Editora, 2001.

PACHECO, José. Tendências de descentralização das políticas curriculares. In José Augusto Pacheco (Org.), Políticas Educativas. O Neoliberalismo em Educação. Porto: Porto Editora, pp. 91-107, 2001.

Downloads

Publicado

26-05-2019

Como Citar

JULIÃO, A. L. AUTONOMIA CURRICULAR DO PROFESSOR EM ANGOLA: um olhar na perspectiva dos documentos normativos. Revista Espaço do Currículo, [S. l.], v. 12, n. 2, p. 289–298, 2019. DOI: 10.22478/ufpb.1983-1579.2019v12n2.43145. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/index.php/rec/article/view/ufpb.1983-1579.2019v12n2.43145. Acesso em: 5 nov. 2024.