PARTEIRAS MINEIRAS OITOCENTISTAS: ENTRE A INSTITUCIONALIZAÇÃO E AS PRÁTICAS COSTUMEIRAS
Mots-clés :
Mulheres, Parteiras, Institucionalização, Gênero.Résumé
Trata-se de um artigo em que se busca historiar as experiências das parteiras na sociedade mineira do século XIX. A tradição do atendimento das parturientes pelas parteiras, ainda que finalmente substituída pelas tecnologias médicas, permaneceu durante o século XIX e parte do século XX. A legitimidade social conferida ao ofício de “partejar” é um dos aspectos que não podem ser desconsiderados na análise da permanência dessa prática. Certamente, enquanto algumas parteiras buscaram se encaixar nas regras institucionalizadas e se submeteram ao ritual de exame da Fisicatura-mor, órgão responsável pela fiscalização da área médica, entre 1808-1828, e outras tantas que nunca se preocuparam em legalizar seu ofício, mas nem por isso deixaram de ter reconhecimento social, como Lucinda, da cidade de Serro, em Minas Gerais. Como referencial teórico, utilizo o gênero, pois essa categoria de análise instrumentaliza o pesquisador tanto na desconstrução das evidências biológicas quanto na apreensão da questão das relações de gênero como uma das variáveis sociais instituintes de identidades dos sujeitos sociais. Trata-se de uma perspectiva que rompe com as referências essencialistas ou deterministas, pois exige que as diferenças sexuais sejam pensadas como construções sociais, históricas e culturais.Téléchargements
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Publiée
2014-12-31
Comment citer
CAIXETA, V. L. PARTEIRAS MINEIRAS OITOCENTISTAS: ENTRE A INSTITUCIONALIZAÇÃO E AS PRÁTICAS COSTUMEIRAS. Saeculum, [S. l.], n. 31, p. 120, 2014. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/index.php/srh/article/view/103. Acesso em: 24 nov. 2024.
Numéro
Rubrique
Dossiê: História e Saberes Médicos